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Mundo O brasileiro Carlos Ghosn teria pagado jatos privados e iate com dinheiro da Renault

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Ghosn foi preso em Tóquio em novembro de 2018. Ele enfrenta quatro acusações, que ele nega (Foto: Reprodução)

As montadoras Renault e Nissan descobriram pagamentos feitos pelo ex-presidente Carlos Ghosn que teriam financiado o uso de jatos particulares, a compra de um iate e até uma start-up de seu filho, o que levou a companhia francesa a alertar a Justiça do país, revelaram fontes a par do assunto.

As transações feitas entre Renault, Nissan e sua joint venture sediada em Amsterdã, a RNBV, envolveriam milhões de euros passados a empresas em Omã e no Líbano que teriam sido posteriormente utilizados para fins pessoais por Ghosn e sua família.

As novas alegações serão discutidas pelo conselho da Renault nesta quarta-feira (3) e resultaram de investigações feitas após a prisão de Ghosn em Tóquio em novembro (ele agora aguarda julgamento após ser liberado sob fiança). O executivo brasileiro de 65 anos nega as acusações de má conduta financeira e fraude fiscal no Japão. Ele renunciou à presidência da Renault em janeiro, meses depois de ser demitido do posto na Nissan e na Mitsubishi, aliadas globais da francesa.

Esta é a segunda vez que a Renault alerta para possível má conduta financeira de Ghosn. Em janeiro, a montadora revelou que Ghosn pode ter usado um acordo de patrocínio para pagar sua festa de casamento no Palácio de Versalhes. Ele se ofereceu para devolver € 50 mil em relação ao caso.

Uma porta-voz da Procuradoria Geral da França disse que a Renault adicionou vários documentos à investigação em andamento sobre Ghosn, mas não deu mais detalhes. Renault e Nissan não quiseram comentar.

Por sua vez, uma porta-voz da família de Ghosn em Paris negou as alegações e afirmou que reportagens sobre pagamentos a Omã, uso de jatos e financiamento da start-up não passam de uma campanha para fazer o executivo parecer ganancioso. Ela não quis falar mais sobre o que define como “rumores” sem base em fatos ou em qualquer procedimento legal. E acrescentou que nenhum pagamento da Renault a Omã beneficiou Ghosn ou sua família.

Good Faith Investment

Os pagamentos, segundo as fontes, foram feitos à Suhail Bahwan Automobiles LLC, a distribuidora exclusiva das montadoras no sultanato. A Nissan foi quem alertou a Renault sobre os pagamentos, junto com descontos excessivos a concessionárias no país. O dinheiro teria sido transferido, então, para uma empresa libanesa chamada Good Faith Investment que tinha entre os acionistas um amigo de infância de Ghosn, segundo uma fonte. Os fundos podem financiado o iate da família e a empresa start-up do filho Anthony, chamada Shogun, com sede em São Francisco, nos EUA. Um porta-voz da empresa, que tem uma plataforma para ajudar em reformas em residências, negou as alegações.

Promotores japoneses pediram à Renault que lhes enviasse documentos financeiros relativos ao caso, segundo as fontes.

De acordo com o jornal francês Le Figaro, a Renault pagou a distribuidora em Omã por meio de um centro de custo subordinado diretamente a Ghosn, em vez de usar a divisão de marketing e vendas.

Uma investigação à parte sobre a RNBV descobriu que Ghosn usava quatro jatos operados pela empresa, e os custos levantaram suspeitas entre auditores.

O advogado de Ghosn em Paris, Jean-Yves Le Borgne, afirmou não ter conhecimento de que a Renault reportou à Procuradoria francesa os pagamentos. Segundo ele, um fornecedor da montadora em Omã teria recebido bônus apenas relativos a seu próprio desempenho.

O próprio Carlos Ghosn afirmou em comunicado que “os pagamentos feitos à distribuidora em Omã não foram desviados de seus objetivos comerciais e sob nenhuma circunstância” o beneficiaram, nem a sua família.

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https://www.osul.com.br/o-brasileiro-carlos-ghosn-teria-pagado-jatos-privados-e-iate-com-dinheiro-da-renault/ O brasileiro Carlos Ghosn teria pagado jatos privados e iate com dinheiro da Renault 2019-04-02
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