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Política O confuso dia do “fica”. Em entrevista, o ministro da Justiça não confirmou Leandro Daiello na Polícia Federal. Em seguida, disse por telefone que ele fica

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O ministro Torquato Jardim (de preto) durante pronunciamento ao lado do diretor-geral da PF, Leandro Daiello. (Foto: Reprodução)

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, reuniu a imprensa no sábado, em Brasília, para confirmar o delegado Leandro Daiello no comando da PF (Polícia Federal). Mas, em seu pronunciamento, não deixou claro o que pretendia fazer, e a permanência do delegado no cargo acabou sendo confirmada mais tarde por uma mensagem da assessoria do ministério.

Na edição do final de semana, o jornal Folha de S.Paulo informou que, em reunião com sindicalistas na quinta-feira, Torquato Jardim disse que pretendia fazer mudanças na PF, entre as quais a troca do diretor-geral. Na instituição, segundo a reportagem, a eventual substituição de Daiello é interpretada como uma tentativa de interferência na Operação Lava-Jato.

No fim da manhã, a assessora do ministério Kátia Cubel avisou que o ministro Torquato Jardim e Daiello dariam uma entrevista coletiva. Ao blog de Andreia Sadi, a assessoria afirmou que o ministro anunciaria a permanencia de Daiello à frente da Polícia Federal.

Torquato Jardim fez somente um pronunciamento, sem responder a perguntas, e afirmou que ele e o diretor-geral da PF trabalham em ?absoluta harmonia?. Mas não disse que Daiello permaneceria nem que sairia. No pronunciamento, sem se referir à reportagem do jornal, Torquato chamou de “pós-verdade” o “noticiário que está aí”.

“O Ministério da Justiça e a Polícia Federal fazem questão de expressar à sociedade brasileira a sua absoluta harmonia na condução das duas instituições. O noticiário que está aí é, para usar um termo moderno, a pós-verdade. Não corresponde à realidade, não constrói afabilidade e não ajuda a boa condução dos interesses públicos”, disse Torquato Jardim.

“O dr Daiello e eu temos trabalhado desde que aqui cheguei na mais absoluta harmonia e camaradagem, ambos igualmente comprometidos com a instituição Polícia Federal”, declarou o ministro, que acrescentou na mesma fala: “Não estamos preocupados com personalidades. Estamos comprometidos com a instituição”.

Durante a fala de Torquato, Daiello permaneceu sentado ao lado do ministro. Imediatamente após o pronunciamento, Torquato levantou e saiu, sem responder a perguntas sobre a permanência do diretor da PF, deixando Daiello sozinho diante dos jornalistas. Indagado se permanecerá, o delegado não respondeu.

Logo após a fala do ministro, a TV Globo voltou a procurar a assessora do ministério da justiça, Katia Cubel. Por mensagem, a assessora garantiu que o ministro quis dizer que é certa a permanência de Leandro Daiello à frente da Polícia Federal.

“Informo que a notícia veiculada pela jornalista A.Sadi está correta. O min Torquato Jardim reuniu a imprensa hoje para confirmar o delegado Leandro Daiello. Estamos à disposição”, escreveu a assessoria do ministério em mensagem enviada à TV Globo.

Nos últimos seis anos, na gestão de Daiello, a Polícia Federal abriu investigações envolvendo integrantes do PT, no governo Dilma Rousseff, e de membros do PMDB, na gestão de Temer. E também contra vários outros partidos. O antecessor do ministro Torquato Jardim na pasta da Justiça, Osmar Serraglio, saiu do cargo criticado por governistas por não conseguir controlar a Polícia Federal.

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