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Mundo O coronavírus traz riscos à expansão recorde da economia dos Estados Unidos

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A economia americana já está sentindo o impacto, embora a doença não tenha se disseminado no país. (Foto: Reprodução)

Uma epidemia do coronavírus nos Estados Unidos desencadearia disrupturas generalizadas, mas temporárias, na vida da população e da atividade empresarial, representando um novo risco para o mais longo período de crescimento econômico já experimentado pelo país.

Autoridades da área de saúde disseram aos americanos para se prepararem para a propagação do vírus nos EUA. Isso poderá levar ao fechamento de escolas, cancelamento de eventos públicos e afetar atividades de setores como restaurantes, turismo e indústria.

A economia americana já está sentindo o impacto, embora a doença não tenha se disseminado no país. Empresas não estão conseguindo componentes, hotéis e resorts estão registrando uma queda na presença de turistas de outros países e empresas varejistas temem que seus estoques possam não atender a demanda interna.

“Se o vírus chegar aqui – e isso ainda é incerto -, me causará calafrios”, disse Beth Ann Bovino, economista-chefe da S&P Global nos EUA. “É preciso considerar um cenário em que as pessoas, em pânico, ficarão em casa, não frequentarão lugares públicos ou viajarão.”

O coronavírus é bem menos contagioso do que a pandemia de gripe espanhola de 1918 e bem menos mortal que os surtos recentes de ebola, afirma Dean Jamison, economista especializado em saúde global e professor da Universidade da Califórnia. Ele diz ainda que os EUA possuem sistema de saúde superior ao da China, e que o país teve meses para se prevenir.

Ainda assim, argumenta Jamison, esse cenário ainda poderia levar ao fechamento de empresas e escolas nos EUA, à interrupção de redes de transporte e à eliminação de meio ponto porcentual do crescimento econômico deste ano. Isso é suficiente para desacelerar a economia, mas não provocar uma recessão, ou dois trimestres seguidos de contração econômica. Ele acredita que qualquer evento não duraria mais do que alguns meses, seguido de aumento da atividade.

“Não acho que veremos grande epidemia nos EUA, com milhares de mortes”, diz. “Há razões para acreditar que não passaremos por um período tão duro quanto o que a China está passando.”

Mesmo assim, as empresas já começam a reagir. A Nestlé orientou seu mais de 290 mil funcionários a suspender viagens internacionais de negócios até 15 de março. Várias companhias aéreas americanas estão cancelando voos para a China e sinalizando mudanças nos preços das passagens para passageiros com destino a outras regiões afetadas. Fabricantes de roupas e calçados enfrentam atrasos na cadeia de fornecimento, o que poderá resultar em falta de produtos no segundo trimestre.

Prateleiras de brinquedos poderão ficar sem bonecas Barbie ou rifles de brinquedo Nerf por causa da paralisação da produção na China. Operadores de contêineres cancelaram 40 embarques para Los Angeles até 1º de abril, sendo a maior parte deles vindos da China.

Enquanto isso, o governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, busca recursos extras para a chegada do vírus. Autoridades de Connecticut disseram que o Estado pode ficar sem luvas médicas e máscaras. Cidades da Califórnia, como San Francisco e San Diego, já emitiram declarações de emergência frente à possível epidemia.

A extensão dos danos econômicos – e se isso desencadeará uma recessão – é difícil de ser projetada e dependerá se a epidemia ficar limitada a uma ou duas cidades ou se espalhará mais, e também de como a população vai reagir. Economistas esperam recuperação rápida dos EUA em uma eventual desaceleração, com as empresas trabalhando para atender a demanda reprimida dos consumidores depois que a ameaça for afastada.

Comentaristas esperam que a propagação do vírus na China e em outros países vai desacelerar a economia dos EUA no primeiro trimestre. Se o vírus infectar dezenas de milhares de pessoas e matar centenas em grandes cidades americanas – algo parecido com o que está acontecendo na China -, o impacto poderá ser bem maior.

“Temos todos os ingredientes para uma interrupção da atividade econômica”, disse Carl Tannenbaum, economista-chefe da Northern Trust. “O impacto atual está sendo subestimado. Não acho que a suposição de um mês atrás, de que isso vai passar, seja uma postura apropriada a essa altura.”

 

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https://www.osul.com.br/o-coronavirus-traz-riscos-a-expansao-recorde-da-economia-dos-estados-unidos/ O coronavírus traz riscos à expansão recorde da economia dos Estados Unidos 2020-02-28
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