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Por Redação O Sul | 26 de outubro de 2018
A concessão de financiamento imobiliário com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) em setembro cresceu 44% ante igual mês de 2017, para R$ 4,91 bilhões, informou na quinta-feira (25) a Abecip, instituição que representa as financiadoras de imóveis, de acordo com a Reuters. Na comparação com agosto, no entanto, houve queda de 13,3%.
Segundo a Abecip, esses recursos financiaram a aquisição ou construção de 20,7 mil imóveis no mês passado, resultado 8,1% menor que no mês anterior e 43,4% maior que em setembro de 2017.
No acumulado de janeiro a setembro, o volume de crédito para aquisição e construção de imóveis com recursos da poupança subiu 25% ano a ano, para R$ 40,8 bilhões, que financiaram 162,1 mil imóveis.
Em 12 meses, o financiamento de imóveis com recursos da poupança alcançou R$ 51,32 bilhões, uma alta de 12,4% na comparação com os 12 meses anteriores.
O Bradesco se manteve na liderança na concessão de crédito imobiliário. No acumulado no ano, o banco já emprestou R$ 10,89 bilhões para aquisição e construção, seguido por Caixa (R$ 8,6 bilhões) e Itaú (R$ 8,3 bilhões.
Sete entre dez investidores deixam o dinheiro na poupança
Em tempos de conta digital, de corretoras e robôs de investimento, sete em cada dez brasileiros ainda preferem deixar o dinheiro parado na caderneta de poupança a se “aventurar” por alternativas que, na ponta do lápis, mostram-se mais rentáveis – dentro e fora da renda fixa. O dado é de uma pesquisa feita pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil, em parceria com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e divulgada no início do mês de outubro.
O levantamento entrevistou cerca de 700 investidores na primeira quinzena de agosto. Dentre as explicações para o comportamento conservador dos poupadores, está uma velha conhecida do setor: a pouca ou nenhuma familiaridade com a “sopa de letrinhas” dos investimentos, notabilizada por produtos como CDBs, LCIs, CRAs e CRIs.
“O brasileiro ainda tem muita dificuldade para entender os investimentos. O problema pode estar na falta de educação financeira e no desconhecimento de onde buscar informações para investir melhor”, diz o coordenador do Centro de Estudos Comportamentais e Pesquisa da CVM, Rogério Oliveira, responsável pela pesquisa.
Ele aponta que, na hora de escolher como e onde investir, o gerente de banco figura como a fonte de informação mais confiável para 53% dos investidores. Entre os mais velhos, com mais de 55 anos, o porcentual é de 74%.
“O gerente de banco atende muitos clientes ao mesmo tempo e nem sempre tem condições de avaliar o perfil de aplicação daquele poupador”, diz Jan Karsten, presidente da Planejar, entidade que certifica planejadores financeiros.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o investidor deve diversificar as fontes de informações e não depender exclusivamente do gerente do banco para orientar nas escolhas. “Investir envolve planejamento e conhecimento para discernir e fazer boas escolhas. Deixar que outras pessoas decidam por você é uma atitude ruim porque não incentiva o aprendizado.”
Já os mais jovens buscam na internet as dicas para investir. Na web, 44% dos investidores procuram informações em canais de youtubers e influenciadores.