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Brasil O desemprego deve ter recuado mais em dezembro, segundo projeções de analistas

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Companhias investem em programas de requalificação para combater etarismo e ampliar diversidade de equipes. (Foto: Agência Brasil)

Ainda sob influência das contratações de trabalhadores temporários no fim de ano, a taxa de desemprego do País deve ter caído novamente no quarto trimestre, avaliam economistas. A média das estimativas de 26 consultorias e instituições financeiras aponta para uma taxa de desocupação de 11,4% nos três meses encerrados em dezembro, abaixo dos 11,6% registrados no período de setembro a novembro e dos 11,8% do quarto trimestre de 2017.

As projeções variam de 11,2% a 11,5%. Se confirmada a média das estimativas, esta será a menor taxa registrada desde o segundo trimestre de 2016, quando o indicador estava em 11,3%.

Rafael Leão, economista da Parallaxis, calcula que a taxa de desemprego deve ter caído a 11,3% no quarto trimestre. “Dezembro geralmente é um mês com bastante criação de vagas temporárias, principalmente no comércio, em virtude das festividades de Natal. Isso ajuda sazonalmente a haver uma queda da taxa de desemprego”, observa Leão.

Para 2018, o analista estima que a taxa de desemprego média deve ter ficado em 12,2%, comparado a 12,7% na média do ano anterior. “Há uma recuperação do mercado de trabalho, mas ele ainda cresce baseado em vagas por conta própria e sem carteira assinada, que costumam ser empregos precarizados, sem renda estável e com rendimentos menores do que a renda mediana da economia”, observa o economista.

De acordo com Leão, essa melhora se deve em alguma medida à recuperação da atividade no ano passado — a Parallaxis estima que PIB (Produto Interno Bruto) em 2018 tenha crescido em 1,2%, ligeiramente acima do 1% de 2017. A saída de pessoas da força de trabalho para o desalento também contribuiu para a queda da taxa de desemprego no ano, avalia o especialista.

Para 2019, a consultoria estima uma taxa de desemprego média de 11,8% e de 11,5% em dezembro. “Como o ritmo de atividade deve ser superior ao de 2018, devemos ter um Caged [registro de empregos com carteira assinada] mais expressivo”, afirma. O término da desalavancagem do setor privado, com as firmas voltando a investir, deve também influenciar na geração de mais postos de trabalho.

O Santander calcula a taxa de desemprego em dezembro em 11,2%, mas alerta que o número deve ser visto com atenção. “A melhora na taxa de desemprego ocorreu principalmente via criação de empregos informais, os quais têm menor capacidade de consumo e, consequentemente, geram menor crescimento econômico”, destacam os economistas da instituição.

Para 2019, porém as perspectivas do banco são mais positivas: criação líquida de 750 mil vagas formais e queda da taxa de desemprego para 10,6% ao fim do ano.

O UBS estima a taxa de desemprego em dezembro em 11,5%. Feito o ajuste sazonal, a taxa deve permanecer estável em 12,1%. “Taxas de juro real abaixo do nível neutro, melhores condições de crédito e a recuperação da confiança devem levar o crescimento do PIB de 1,3% em 2018 para 3% neste ano”, escrevem os economistas do banco. Com isso, a taxa de desemprego iria para algo próximo a 10% ao fim de 2019. O Haitong espera que a taxa de desocupação caia a 11,4% no trimestre encerrado em dezembro, ou 12,2% na média anual. “É importante ter em mente que estimamos a taxa de desemprego neutra [aquela que não gera inflação] ao redor de 8,5% a 9%, o que nos ajuda a entender as baixas leituras sem precedentes da inflação do setor de serviços.”

 

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