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Mundo O ex-diretor da Odebrecht no Peru disse que subornou governadores e presidentes do país

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Em depoimento, Jorge Barata confirmou propina de US$ 3 milhões para ex-mandatário de Cusco. (Foto: Reprodução)

O ex-diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, declarou nesta quinta-feira (25) a procuradores peruanos que a empresa brasileira subornou não só presidentes do país, mas também governadores, para obter contratos em obras públicas.

Barata “corroborou o pedido de um suborno de 3% do valor referencial da obra” (uma estrada) por parte do então governador de (2011-2013), Jorge Acurio, afirmou o procurador peruano Germán Juárez, no terceiro dia de depoimentos do ex-homem forte da construtora no Peru na sede da procuradoria federal em Curitiba.

“Foi o mais curto dos depoimentos, ele corroborou dados”, resumiu Juárez.

Nos dias anteriores, Barata confirmou que a construtora deu dinheiro em 2006 para a campanha eleitoral do ex-presidente Alan García,que se suicidou na semana passada quando iria ser preso, e que depois pagou mais de US$ 4 milhões a seu secretário na Presidência, Luis Nava.

A procuradoria peruana suspeita que o destinatário final desse dinheiro era Alan García, versão que o ex-mandatário sempre negou.

Os novos depoimentos de Barata também citam o ex-presidente peruano Alejandro Toledo (2001-2006), que fugiu para os Estados Unidos, onde enfrenta uma solicitação de extradição para o Peru.

O suborno pago ao governador de Cusco chegou a US$ 3 milhões pelo contrato de US$ 100 milhões para construir a chamada “Vía de Evitamiento”, segundo havia revelado a Odebrecht em 2018 à procuradoria peruana.

Desse montante, Acurio, que está detido por esse caso, recebeu US$ 1,5 milhão e o restante foi distribuído entre outros funcionários do governo regional, segundo a imprensa local.

A “Vía de Evitamiento”, construída em 2012, é uma estrada periférica de 10 km de extensão que agora é popularmente chamada “via da morte” pelo mau estado em que se encontra.

Acurio era membro do Partido Nacionalista do ex-presidente Ollanta Humala (2011-2016), investigado por lavagem de dinheiro por receber US$ 3 milhões da Odebrecht para sua campanha, segundo Barata.

Humala, que esteve detido com sua esposa Nadine por nove meses,nega ter recebido esse dinheiro.

Barata também confirmou nesta quinta existência de um cartel de empresas peruanas chamado o “clube da construção”, que repartia licitações entre seus membros pagando subornos.

Os depoimentos de Barata formam parte de um acordo de cooperação com a procuradoria peruana, segundo o qual Lima não perseguirá o ex-diretor nos tribunais em troca de que ele delate autoridades peruanas corruptas.

 

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