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Mundo O ex-ditador da Líbia Muamar Kadafi abasteceu a campanha de Lula com 1 milhão de dólares, disse o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci

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Lula com Kadafi durante encontro em Abuja, Nigéria, em novembro de 2006. (Foto: Ricardo Stuckert)

Capturado e morto em 20 de outubro de 2011, o ex-ditador líbio Muamar Kadafi enviou ao Brasil, “secretamente”, US$ 1 milhão para financiar a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. É o que o ex-ministro do petista, Antonio Palocci, teria afirmado nas tratativas de um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, segundo reportagem da revista “Veja”, nesta sexta-feira (8).

Palocci está preso em Curitiba desde setembro de 2016, quando foi alvo da 35ª fase da Lava-Jato, a Operação Omertà. Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, o petista foi condenado na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão pelo juiz Sérgio Moro em junho deste ano.

Palocci investe contra Lula desde o início das tratativas das negociações do acordo. Em setembro, ele fez divulgar uma carta, escrita de próprio punho da cadeia e entregue aos advogados para ser digitada e impressa, de três páginas e meia. Explosivas, as palavras do ex-ministro foram endereçadas à presidente nacional do partido, a senadora Gleisi Hoffmann.

Cirurgicamente montada e retocada, a carta coloca o PT e Lula contra a parede, ao afirmar que seus dois governos e de sua sucessora foram corrompidos pelo “tudo pode”, pelos “petrodolares”. Antes, no dia 6 de setembro, Palocci confessara negociar propinas com a Odebrecht e incriminara Lula ao revelar um suposto “pacto de sangue” entre o ex-presidente e o empresário Emílio Odebrecht, em 2010, em que foi acertado R$ 300 milhões em corrupção ao PT.

Já Kadafi sempre manteve relação cordial com o ex-presidente, sendo referido pelo petista como “amigo” ou “irmão”. Durante seu mandato, Lula se reuniu pessoalmente quatro vezes com o ditador, que governou o país com mãos de ferro durante 41 anos. Em 2009 foram duas vezes. Uma delas foi na Cúpula América do Sul- África, realizada na Isla Margarita, Venezuela, no dia 26 de setembro.

Na época, houve muitas críticas à aproximação de Lula com Kadafi. Aconselhado por seus assessores mais próximos (o ex-ministro Celso Amorim e o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia), Lula dizia que o Brasil não tinha preconceitos e que se tratava de uma diplomacia pragmática.

O PT não se pronunciou a respeito da suposta delação de Palocci. Segundo a assessoria de imprensa, o partido não comenta “notícias sem fonte”. No dia 15 de setembro, a presidente nacional da legenda divulgou uma dura nota na qual acusa Palocci de inventar mentiras para agradar os procuradores da Lava-Jato e conseguir os benefícios das delação premiada.

“A se confirmar, na forma de delação oficial, o que foi vazado seletivamente para a imprensa, o ex-ministro será mais um condenado que desistiu de se defender e passou a mentir sobre Lula e o PT para satisfazer os procuradores da Lava Jato. O método criminoso de coagir réus presos – ao qual poucos têm resistido – transformou a Vara de Curitiba numa indústria de delações, que premia a chantagem e a mentira, mas envenena o estado de direito e envergonha o sistema judicial brasileiro”, dizia a nota.

 

 

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