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Mundo O ex-espião russo que foi envenenado repassou informações para os serviços de inteligência de outros países da Europa

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Serguei Skripal e a filha foram encontrados inconscientes em um parque, há dois meses. (Foto: Reprodução)

O ex-espião russo Serguei Skripal, envenenado na Inglaterra há dois meses, havia feito apresentações regulares a serviços de inteligência de outros países da Europa, de acordo com informações do jornal norte-americano “The New York Times” e do britânico “The Guardian”. Esses encontros, que incluem conversas com agentes da República Checa e da Estônia e palestras em universidades, podem explicar a tentativa de assassinato de Skripal.

Ele e a sua filha Yulia foram encontrados inconscientes no banco de um parque em Salisbury, no Sul da Inglaterra, no dia 4 de março. O Reino Unido acusa a Rússia de envolvimento direto no envenenamento, realizado por meio da substância neurotóxico Novichock. O Kremlin e a embaixada russa em Londres negam a acusação.

De acordo com a revista checa “Respekt”, citada pelo “The Guardian”, Skripal repassou informações sobre métodos operacionais da inteligência russa durante visita uma a Praga, em 2012. Posteriormente, agentes checos visitaram Skripal ao menos uma vez no Reino Unido. O russo também se encontrou com espiões na Estônia em 2016, reportou o “The New York Times”. Não se sabe o teor das informações repassadas.

Fontes afirmaram ao NYT que os encontros de Skripal com agentes da inteligência europeia foram quase certamente aprovados – e possivelmente facilitados – pelos ingleses. Preso na Rússia em 2004, ele se mudou para a Inglaterra em 2010, libertado após uma troca de espiões. Foi a partir de então que Skripal, radicado na pequena cidade de Salisbury, passou a viajar com frequência e a visitar universidades e academias militares de diversos países. Até ambos serem envenenados.

Nessa segunda-feira, o diretor da agência de espionagem britânica MI5, Andrew Parker, afirmou que s autoridades de Moscou disseminam mentiras e desinformações para minar as democracias ocidentais. “Em vez de se tornar uma grande nação respeitada, a Rússia corre o risco de se tornar uma pária mais isolada”, alertou Parker, durante discurso em Berlim (Alemanha).

Estado de saúde

Recentemente, o hospital onde Serguei Skripal, 66 anos, foi atendido informou que ele não estava mais em estado grave e sua saúde está melhorando rapidamente após o envenenamento com um agente tóxico que ataca o sistema nervoso. A sua filha Yulia já recebeu alta.

O Reino Unido suspeita que eles foram envenenados com um agente tóxico desenvolvido inicialmente na hoje extinta União Soviética (1917-1991). A Rússia negou que tivesse algo a ver com o primeiro uso conhecido de tal toxina em solo europeu desde a Seguda Guerra Mundial.

“Ele está respondendo bem ao tratamento, se recuperando rapidamente e não está mais em estado grave”, disse em um comunicado, em abril, a diretora médica do hospital de Salisbury, Christine Blanshard. Posteriormente, Yulia Skripal divulgou uma nota sobre o caso, confirmando estar consciente mas ainda desorientada.

“Eu acordei há uma semana e estou feliz que minha resistência está aumentando diariamente”, afirmou ela no comunicado que foi divulgado em seu nome pela polícia de Londres. O Reino Unido disse que a Rússia é culpada pelo ataque; Moscou nega qualquer envolvimento. O incidente teve ramificações diplomáticas importantes, com expulsões em massa de diplomatas russos e ocidentais.

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