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Brasil O ex-governador do Rio que está preso disse estar “aliviado” ao confessar o recebimento de propina

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Cabral (E) ainda disse que o também ex-governador Luiz Fernando Pezão recebia dinheiro de propina dentro da sede do governo, o Palácio Guanabara. (Foto: Reprodução de TV)

No depoimento ao MPF (Ministério Público Federal) em que admitiu pela primeira vez ter recebido propina, o ex-governador Sérgio Cabral disse que, apesar do tempo que ficará na cadeia, disse estar “aliviado” por ter admitido o recebimento de propina às autoridades. “Gente, eu tô muito aliviado, sabia? E quero continuar ficando aliviado, seja o tempo que eu passar na cadeia”, afirmou o ex-governador do Rio de Janeiro.

Ele também acusou o ex-governador Luiz Fernando Pezão de receber dinheiro de propina dentro da sede do estado, o Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Ainda segundo Cabral, o esquema começou já no primeiro ano do seu governo, em 2007.

“Eu tirava os meus proveitos nos meus combinados. Eu quero x%, 2%, 3% da obra e o Régis fazia o acordo, se beneficiava também dessa caixa única aqui”. Questionado pelo procurador se houve entrega dentro do Palácio Guanabara, Cabral garantiu que sim: “Houve entregas dentro do palácio, houve várias vezes. Para o Pezão, para o Régis”.

Cabral também falou de valores ilícitos supostamente pagos durante a reforma do Maracanã, a desapropriação do Porto do Açu e a construção da Linha 4 do Metrô. Nos relatos, de 21 de fevereiro, Cabral falou principalmente da participação de seu ex-chefe da Casa Civil, Régis Fichtner, preso pela Lava-Jato. Ele mencionou também outros nomes de empresas e políticos.

O que dizem os envolvidos

Em nota, a defesa de Regis Fichtner disse só vai se manifestar quando tiver acesso ao depoimento do ex-governador. O advogado de Eike Batista, Fernando Martins, informou que não teve acesso ao conteúdo do depoimento de Sérgio Cabral e que Eike Batista “refuta qualquer acusação de relações escusas com o então governador Sergio Cabral ou qualquer outro agente público”.

A Odebrecht disse em nota que “tem colaborado de forma eficaz com as autoridades em busca do pleno esclarecimento dos fatos narrados pela empresa e seus ex-executivos. A empresa disse ainda que já usa as mais recomendadas normas de conformidade em seus processos internos e segue comprometida com uma atuação ética, íntegra e transparente”.

A reportagem ainda não obteve resposta do ex-governador Luiz Fernando Pezão, que ocupou a secretaria de Obras da gestão de Sérgio Cabral e de Carlos Osório, que ex-deputado estadual.

A seguir, os casos em que Sérgio Cabral apontou irregularidades:

Maracanã 

De acordo com o ex-governador, a obra era feita pela secretaria estadual de Obras, na época sob responsabilidade de Luiz Fernando Pezão. Já a concessão do estádio foi feita pela Casa Civil, de Régis Fichtner. Cabral conta que Regis recebeu propina da Odebrecht “por meio de serviços superfaturados de seu escritório de advocacia à empresa”.

Linha 4 do metrô

No metrô, embora os preços sejam todos os equivalentes a outros países, “o valor da obra poderia ter sido menor, se não houvesse a combinação com as empresas”. Segundo Cabral, Regis Fichtner recebeu mais de R$ 5 milhões de propina, saindo “do caixa de propinas do ex-governador”.

Porto do Açu

Sérgio Cabral confessou que recebeu US$ 16 milhões da empresa de Eike Batista durante a campanha eleitoral e que “o escritório de Regis Fichtner ganhou mais de uma dezena de milhões de reais ilicitamente na questão do porto”.

Propinas a Fichtner

Cabral disse que para o pagamento de indenização à empresa Automodelo, da família de Carlos Osório houve pagamento de propina para ele e para Regis Fichtner.

 

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