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Brasil “Kirchner, Evo, Chávez e eu já provamos que conquistas sociais são possíveis”, diz o ex-presidente Lula

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O ex-presidente deixou a prisão na sexta-feira. (Foto: Ricardo Stuckert/PT)

Em um vídeo reproduzido neste sábado (9) no 2º Encontro do Grupo de Puebla, em Buenos Aires, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a elite da América Latina é “muito conservadora” e “não aceita” a ideia de o povo pobre subir um degrau na escada das conquistas sociais. “Kirchner, Cristina, Lula, Evo, Mujica, Tabaré, Chávez já provamos que (a ascensão social dos pobres) é possível”, disse, referindo-se aos ex-presidentes da Argentina Néstor Kirchner e Cristina Kirchner – recém-eleita vice-presidente -, aos presidentes da Bolívia, Evo Morales, do Uruguai, Tabaré Vázquez e José “Pepe” Mujica, e ao ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez.

O petista também parabenizou o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, que no último dia 27 de outubro venceu no primeiro turno a disputa contra Maurício Macri, que buscava a reeleição. Segundo Lula, o peronista pode implementar políticas para os mais pobres gerando emprego e distribuição de renda no país vizinho e, assim, “servir de exemplo” para outras nações da América Latina.

“Agradeço ao Fernández por ter ganho a eleição. É como se eu tivesse ganho aqui no Brasil, querido, tal é a alegria que eu fiquei”, disse.

O Grupo de Puebla – que recebeu este nome em razão da primeira edição do evento, realizada em Puebla, no México – é formado por dezenas de líderes latino-americanos e realiza, desde ontem e até domingo, 10, o encontro na capital argentina sob o lema de um “Novo impulso progressista”.

Estão presentes a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim e o ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante – todos cumprimentados por Lula em seu vídeo -, além de ex-presidentes latino-americanos como Mujica, do Uruguai, e Fernando Lugo, do Paraguai.

“Tenho o objetivo de constituir uma integração latino-americana muito forte”, ressaltou o ex-presidente, que deixou ontem a prisão em Curitiba após ficar detido por 580 dias. “Ainda continuo com o sonho de construir uma Grande América Latina.”

A exemplo do que havia dito ontem, logo após ser solto, em palanque montado em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, Lula celebrou estar “finalmente livre” e “com muita vontade de lutar”. E voltou ao ataque: “Estou com muita disposição de andar o Brasil, de viajar a América Latina, e muita disposição de combater o lado podre do Poder Judiciário, o lado podre da Polícia Federal, o lado podre da Receita Federal, o ladro podre do Ministério Público, o lado podre da imprensa brasileira”.

Esquerda latino-americana

Líderes da esquerda nas Américas comemoraram nesta sexta-feira (8) a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), que deixou o cárcere após um ano e meio de prisão na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

O ex-presidente uruguaio José Mujica (2010-2015), eleito senador pela governista Frente Ampla, disse ao telejornal Subrayado, do Canal 10, de Buenos Aires, que este “é um dia de festa para o Brasil” e anunciou que “é muito possível que vá ver Lula” depois do segundo turno das eleições presidenciais em seu país, no próximo 24 de novembro.

Em Havana, o ministério das Relações Exteriores celebrou a libertação de Lula, após “580 dias de injusta prisão”. “O povo de Cuba celebra a liberdade de Lula, após 580 dias de injusta prisão. #LulaLivre”, tuitou a chancelaria cubana, enquanto o jornal oficial Granma destacou que, ao deixar a prisão, o líder histórico da esquerda “agradeceu a todas as pessoas que lutaram por sua liberdade”.

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, comentou que a soltura do ex-presidente “é um avanço, mas a luta por sua libertação deverá continuar até que se faça justiça”. “Lula é inocente, vítima de uma feroz perseguição política”, acrescentou Rodríguez no Twitter. Mais cedo, o pré-candidato democrata à Casa Branca Bernie Sanders celebrou a notícia, lembrando no Twitter que durante sua Presidência, Lula “fez mais que ninguém para reduzir a pobreza e defender os trabalhadores”.

O peronista de centro-esquerda Alberto Fernández, presidente eleito da Argentina, também interpretou a prisão de Lula como uma perseguição e destacou a fortaleza do ex-presidente. “É comovente a força de Lula para enfrentar esta perseguição (essa é a única definição que cabe ao processo judicial arbitrário ao qual foi submetido). Sua integridade demonstra não apenas o compromisso, mas a imensidão desse homem. Viva Lula livre”, escreveu Fernández em sua conta no Twitter .

Fernández assumirá a presidência em 10 de dezembro, e o presidente Jair Bolsonaro já anunciou que não irá à cerimônia de posse. Companheira de chapa de Fernández, a ex-presidente Cristina Kirchner também comemorou a soltura de Lula.

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