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Mundo O Facebook disse que precisa de “alguns anos” para resolver o problema do uso irregular de dados de seus usuários

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Presidente da empresa defendeu o modelo de negócios da companhia e rejeitou as críticas por parte do diretor-geral da Apple, Tim Cook, na semana passada. (Foto: Reprodução)

O Facebook provavelmente levará “alguns anos” para resolver os problemas sobre o uso irregular de dados privados de usuários da rede, disse o presidente executivo Mark Zuckerberg em uma entrevista publicada nesta segunda-feira (2).

Em declarações ao site de notícias “Vox”, Zuckerberg defendeu o modelo de negócios da companhia e rejeitou duramente as críticas ao gigante das redes sociais por parte do diretor-geral da Apple, Tim Cook, na semana passada.

Zuckerberg afirmou que um dos problemas do Facebook é seu “idealismo”, concentrando-se nos aspectos positivos de conectar as pessoas, e que “não passamos tempo suficiente investindo ou pensando em alguns dos usos negativos das ferramentas”.

“Acredito que agora as pessoas estão concentradas adequadamente em alguns dos riscos e desvantagens também”, disse. “Acho que vamos cavar através deste buraco, mas levará alguns anos. Quem me dera pudesse resolver todos estes problemas em três ou seis meses, mas acho que a realidade é que as respostas para algumas destas perguntas vão demorar um período mais longo.”

Ele também respondeu os comentários feitos na semana passada por Cook, que argumentou que o Facebook se meteu em problemas devido a um modelo de negócios concentrado na monetização dos dados das pessoas.

“Acho esse argumento – de que se você não está pagando de alguma forma, não podemos nos preocupar com você – é extremamente simplista e não está em linha com a verdade”, disse.

Vazamento de dados

A entrevista foi a mais recente dada por Zuckerberg para mitigar o impacto do escândalo sobre a coleta de dados pessoais de 50 milhões de usuários do Facebook, utilizados por parte de uma empresa vinculada à campanha eleitoral que levou o republicano Donald Trump à presidência.

Suspensão

O Facebook Inc. anunciou a suspensão da empresa de consultoria SCL (Strategic Communication Laboratories) e sua empresa de análise política de dados, a Cambridge Analytica, depois de descobrir que elas violaram as suas políticas.

De acordo com o jornal britânico “The Guardian”, a Cambridge Analytica colaborou com a equipe que trabalhou na eleição de Donald Trump e no Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia), analisando dados de milhões de usuários da rede social para criar um software capaz de prever e influenciar a escolha dos eleitores.

O Facebook disse recentemente, em uma declaração, que em 2015 descobriu que um professor de psicologia da Universidade de Cambridge, Aleksandr Kogan, “mentiu para nós e violou nossas políticas de plataforma, passando dados de um aplicativo, que usava o Facebook Login, para a SCL/Cambridge Analytica, que faz trabalho político, governamental e militar em todo o mundo. Ele também passou esses dados para Christopher Wylie da Eunoia Technologies, Inc.”

A empresa disse que Kogan apresentou seu aplicativo no Facebook como “um aplicativo de pesquisa usado por psicólogos”. Cerca de 270 mil pessoas baixaram o aplicativo e, ao fazê-lo, deram o seu consentimento para que Kogan acessasse informações como a cidade que definiram em seu perfil ou conteúdo de que gostaram, bem como informações mais limitadas sobre amigos.

O Facebook disse que Kogan ganhou acesso às informações “de forma legítima”, mas “ele não seguiu na sequência nossas regras”, ao dizer que ao repassar as informações para terceiros, incluindo SCL/Cambridge Analytica e Wylie da Eunoia “ele violou nossa políticas “.

O Facebook disse que removeu o aplicativo de Kogan quando soube da violação em 2015 e pediu que Kogan e aqueles para quem tinha repassado os dados que se certificassem que as informações haviam sido destruídas.

Embora Cambridge Analytica, Kogan e Wylie certificaram que destruíram os dados, o Facebook disse que descobriu há vários dias que nem todos os dados foram excluídos.

 

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