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Geral O Facebook reforçou a sua luta contra as fake news e disse que a mudança no algoritmo é só o começo

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Executivo da rede social disse que o Facebook está redefinindo sua relação com as empresas de mídia. (Foto: Freepik)

Fake news, mudanças no algoritmo e a perda de usuários se tornaram os principais problemas do Facebook nos últimos meses. E também foram os principais assuntos do debate com Alex Hardiman, vice-presidente de notícias da rede social, no South by Southwest – festival que acontece entre 9 e 16 de março em Austin, nos Estados Unidos.

Desde 1987, o evento reúne anualmente em março nomes de referência em tecnologia e mídia – além de promover festivais de música e de cinema. Neste ano, com a presença de Hardiman, controvérsias sobre a mudança do algoritmo do Facebook povoaram o debate.

A novidade anunciada pela rede social em janeiro deste ano privilegia posts de amigos e familiares e “esconde” marcas e empresas – mudança considerada polêmica também entre produtores de conteúdo profissionais, como jornais e sites de notícias.

Sobre isso, Hardiman foi categórica ao afirmar que a alteração não é responsável por “matar” empresas de mídia: “Não acho que isso seja verdade”, disse. “O Facebook está redefinindo sua relação com as empresas de mídia”, defendeu.

Hardiman disse que a rede está mantendo conversas com veículos de comunicação, acadêmicos e especialistas no assunto. Ela também indicou que novas mudanças no algoritmo podem ser anunciadas com o objetivo de minimizar a profusão de notícias falsas e sensacionalistas na rede.

“E enquanto fazemos essa mudança para a qualidade, não podemos descartar nenhuma alternativa. Nosso objetivo é minimizar as coisas ruins e promover a qualidade no feed de notícias das pessoas”, disse.

“Quando olhamos para veículos que não estão indo bem, na maioria das vezes, isso acontece porque eles estão abusando do sistema de alguma forma. Pode ser conteúdo sensacionalista, enganoso. Há uma razão para que alguns veículos não se saiam bem no Facebook”, explicou.

A vice-presidente explicou que a mudança do algoritmo era extremamente necessária – sobretudo após as eleições presidenciais de 2016 nos EUA, diante das pesadas acusações de que a rede estaria espalhando notícias falsas, e de que haveria a participação da Rússia no complô.

“Se você olhar para trás, verá que o Facebook sempre privilegiou a informação em seu news feed, e que ela sempre performou bem, gerando likes e engajamento”, diz.

“E, se algo performa bem, isso pode ter uma carga emotiva, ser polarizado ou gerar divisões. Mas, historicamente, nós nunca distinguimos os tipos de notícias. E isso era problemático. Tratar todas as notícias da mesma forma significava não ser capaz de distinguir a boa notícia do conteúdo fraudulento”, continuou.

A executiva foi enfática no sentido de deixar claro que a plataforma está apenas começando o que pode ser uma profunda mudança no seu algoritmo, visando amplificar as notícias de fontes confiáveis. Mas finaliza com o alerta:

“Nós podemos ser uma parte importante da estratégia das empresas. Mas não podemos ser toda a estratégia”, sentencia Hardiman, para, enfim, receber aplausos da plateia.

Hardiman mudou-se para o Facebook em maio de 2017, após deixar o “The New York Times”, onde também era vice-presidente de produtos. Ao chegar na rede social, a executiva explicou que iria promover parcerias tanto na empresa de Zuckerberg quando no mercado, tentando descobrir novos formas de lucrar com a produção de conteúdo.

Em cerca de dez meses no cargo, suas aparições públicas foram raríssimas, e falar no primeiro dia de South by Southwest, sendo bombardeada de perguntas por convidados altamente críticos, numa das maiores salas do evento, pode ser considerado um sinal da mudança de posicionamento do Facebook.

Normalmente, a rede social se manifesta através de memorandos ou comunicados de imprensa, o que tornou a participação de Hardiman surpreendente.

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