Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de junho de 2017
Uma funcionária terceirizada do governo norte-americano, Reality Leigh Winner, 25 anos, foi presa pelo FBI (a polícia federal norte-americana) por ter vazado informações secretas para um site de notícias. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos formalizou uma acusação contra a mulher, servidora temporária da Pluribus International Corporation, empresa que presta serviços para o governo federal, por ter “se apropriado de material sigiloso de uma estrutura do governo e tê-lo enviado para um site de notícias”. Ela poderá ser condenada a até dez anos de prisão por ter vazado informações classificadas.
O veículo seria o site The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald, que publicou uma matéria baseada em um documento secreto da NSA (Agência Nacional de Segurança, na sigla em inglês). O documento vazado traria informações detalhadas de um ataque cibernético realizado pela inteligência militar russa em 2016 contra o software utilizado nas eleições dos Estados Unidos, segundo a rede CNN. Não há, entretanto, nenhuma evidência que a eleição presidencial, na qual Donald Trump foi eleito presidente, tenha sido influenciada por esse ataque.
Funcionários do governo norte-americano confirmaram a veracidade do documento publicado pelo The Intercept. Os procuradores americanos informaram que, quando interrogada, Winner admitiu ter intencionalmente vazado o documento sigiloso. Por isso, a jovem foi presa na cidade de Augusta, no Estado da Geórgia.
Uma investigação interna revelou que Winner foi uma das seis pessoas que imprimiram o documento, mas foi a única que tinha em sua caixa postal eletrônica o endereço e-mail do site de notícias. A direção do The Intercept informou que “o documento foi obtido de forma anônima” e que o “site não tem nenhuma informação sobre a identidade da fonte”.