Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

| O governo da Holanda voltou atrás e agora permite que lojas que vendem maconha continuem abertas

Compartilhe esta notícia:

(Foto: Reprodução)

Quando o governo holandês avisou, no último domingo (15), que restaurantes, bares e coffeeshops ficariam fechados pelo menos até 6 de abril, como medida de combate ao coronavírus, longas filas se formaram na porta da loja.

Os consumidores queriam fazer estoques antes das 18h, quando a medida de isolamento passaria a valer.

Mas não era corrida para comprar água ou macarrão, muito menos papel higiênico, como em outros países. Na Holanda, as filas eram para comprar maconha.

Coffeeshop é o nome que se dá aos lugares que até vendem café, mas têm na cannabis seu principal produto, sob regras no mínimo heterodoxas: vender maconha é proibido, mas a Holanda adota a “política da tolerância”.

As licenças de funcionamento são limitadas, cerca de 150 em todo o país, e podem ser cassadas a qualquer momento.

Para evitar esse risco, os coffeeshops devem vender no máximo 5 gramas de maconha por pessoa, nunca para menores de idade, e não podem ter mais do que 500 gramas no estabelecimento.

Esse limite de estoque é o que dificulta bastante a logística da coisa e provocou as longas filas aos domingos. Os cardápios dos coffeeshops incluem pelo menos dez tipos diferentes de erva, índica ou sativa, com mais ou menos THC (componente que altera a consciência), com mais ou menos CBD (componente terapêutico), solta ou já enrolada, pura ou misturada com tabaco.

Haxixe, resina derivada da mesma planta, também é vendida.

Com toda essa variedade, a quantidade máxima de cada tipo gira em torno de 50 gramas.

Se dez clientes comprarem o limite máximo, o dono da loja terá que repor rapidamente o fornecimento (comprando de um traficante ilegal, sob a tolerância do governo).

E, se normalmente já é preciso receber duas ou três entregas diárias dos tipos mais procurados (em Amsterdã, é a chamada de Amnésia), em dia de pânico as prateleiras se esvaziaram muito mais rapidamente.

Mas a abstinência holandesa durou pouco. Na terça (17), o governo voltou atrás e permitiu que os estabelecimentos retomem a venda, desde que o consumo seja feito em casa.

Um dos motivos da mudança, tomada após uma reunião entre prefeitos, polícia e Justiça, foi reprimir o tráfico ilegal. Segundo a imprensa holandesa, assim que a proibição começou a valer, estudantes começaram a receber mensagens com ofertas de maconha e traficantes surgiram às ruas para atender a demanda reprimida.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de |

Vacina testada nos Estados Unidos anima, mas não é certa a imunização
Diferente do que se previa, o calor não conteve o avanço do coronavírus
https://www.osul.com.br/o-governo-da-holanda-voltou-atras-e-agora-permite-que-lojas-que-vendem-maconha-continuem-abertas/ O governo da Holanda voltou atrás e agora permite que lojas que vendem maconha continuem abertas 2020-03-19
Deixe seu comentário
Pode te interessar