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Brasil O governo federal oficializou o general Pazuello como ministro interino da Saúde

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General do Exército comanda a pasta desde que Nelson Teich pediu demissão do cargo. (Foto: Erasmo Salomão/MS)

Foi publicado no “Diário Oficial da União” (DOU) desta quarta-feira (3) decreto do presidente da República, Jair Bolsonaro, nomeando Eduardo Pazuello ministro interino da Saúde.

No mesmo texto foi oficializada a exoneração de Pazuello da secretaria-executiva da pasta, cargo ocupado por ele anteriormente. Em meio à pandemia do novo coronavírus, a nomeação do ministro interino só foi publicada 19 dias após ele assumir o cargo.

Pazuello comanda o Ministério da Saúde desde o dia 15 de maio quando Nelson Teich anunciou sua saída do governo.

Em 20 de maio, Bolsonaro afirmou que Pazuello ficará “por muito tempo” à frente da pasta. Ainda de acordo com o presidente, o general, que não tem formação na área de saúde, seria auxiliado no ministério por uma “equipe boa” de médicos.

Dois dias depois, em 22 de maio, o ministro da Casa Civil, Braga Netto, afirmou que Pazuello está no cargo de ministro da Saúde “por tempo determinado”, com o objetivo de “acertar” a logística da pasta.

Embora tenha se referido a “tempo determinado”, Braga Netto não disse qual será o prazo de interinidade de Pazuello na pasta.

Perfil

O ministro interino nasceu no Rio de Janeiro, formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras em 1984. Bolsonaro também se formou na instituição.

Na academia, fez cursos de operações na selva, paraquedista e aperfeiçoamento de oficiais.

General de Divisão desde 2018, Pazuello atuou como coordenador operacional da Força-Tarefa Logística Humanitária Operação Acolhida, responsável pelos trabalhos relacionados aos cidadãos venezuelanos que chegaram ao Brasil por Roraima, fugindo na crise no país vizinho.

Ex-comandante da Base de Apoio Logístico do Exército, o novo secretário-executivo do ministério trabalhou como coordenador logístico das tropas do Exército na Olimpíada de 2016.

“Turma da Olimpíada”

Além da patente de general, os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Walter de Souza Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI) e Eduardo Pazuello (Saúde) têm um fato em comum no currículo: todos atuaram na Rio-2016.

Oficializado chefe interino da pasta da Saúde, Pazuello integra o grupo militar que tem angariado mais espaço tanto no Palácio do Planalto quanto na Esplanada dos Ministérios, com nomeações de ex-subordinados à época da Rio-2016 para postos de segundo e terceiro escalão no governo.

Atualmente, os quatro generais formam um eixo de confiança em torno de Jair Bolsonaro (sem partido), que rivaliza com os filhos do presidente quando o assunto é aconselhá-lo.

A escalada militar dentro da cúpula mais próxima ao mandatário — onde civis como Onyx Lorenzoni (hoje ministro Cidadania) e Sérgio Moro (ex-titular da pasta da Justiça e Segurança Pública) — caíram gradativamente, foi o pivô da ascensão da chamada “turma da Olimpíada”.

Nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, Pazuello atuou como coordenador logístico das tropas do Exército e era subordinado ao hoje ministro da Casa Civil, Braga Netto. À época, Netto era o coordenador-geral da assessoria Especial para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Os militares atuaram, durante os eventos esportivos, no patrulhamento de aeroportos, entorno dos estádios, além de monitorar revistas nos estádios.

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https://www.osul.com.br/o-governo-federal-oficializou-o-general-pazuello-como-ministro-interino-da-saude/ O governo federal oficializou o general Pazuello como ministro interino da Saúde 2020-06-03
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