Brasil O governo federal tenta convencer o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a aceitar o ajuste fiscal feito através de medidas provisórias
Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2017
Antes de viajar para São Paulo na sexta-feira, o presidente Michel Temer escalou o ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) para conversar com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, sobre o pacote do ajuste fiscal que o governo quer enviar ao Congresso para aliviar as contas públicas.
O Planalto e a equipe econômica querem enviar o pacote por meio de Medidas Provisórias. O presidente da Câmara, no entanto, é contra: prefere projeto de lei.
As medidas provisórias têm força de lei, validade imediata. Já os projetos de lei dependem de aprovação prévia do Congresso, por maioria simples. Ou seja, votos favoráveis da maioria dos presentes. Para Maia, os projetos de lei aumentam a participação e condução dos parlamentares na discussão da pauta do ajuste fiscal, garantindo o protagonismo do Legislativo na retomada da agenda econômica.
Para tentar quebrar a resistência de Maia, Imbassahy conversou com o deputado nesta sexta-feira. Segundo o blog apurou, Maia respondeu que iria divergir da forma, mas que o governo fizesse como achasse melhor.
Também foi discutido na conversa de sexta – que contou com o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) – que não há, hoje, clima no Congresso para aprovar qualquer tipo de aumento de imposto.
Reforma da Previdência
Na sexta-feira, Maia também conversou com o ex-presidente da República José Sarney. Entre os temas, estava a reforma da Previdência.
Sarney aconselhou Rodrigo Maia a assumir o protagonismo da discussão da reforma da Previdência. Na avaliação dele, se o Palácio do Planalto liderar a discussão, parlamentares vão cobrar um “preço” muito mais alto para aprovar a reforma. E Temer está desgastado para pedir novos sacrifícios dos deputados após conseguir apoio para derrubar duas denúncias na Câmara.
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