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Armando Burd O grande operador está chegando

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Salim Mattar integra o Ministério da Economia e comanda a área de desestatização. (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Salim Mattar é o nome que circula com frequência cada vez maior nos bastidores do governo do Estado. Exerce o cargo de secretário de Desestatização do Ministério da Economia. Os contatos, até agora, foram por telefone e e-mails. Nos próximos dias, virá a Porto Alegre, trazendo os instrumentos cirúrgicos para privatizações, sua especialidade. Depois irá a Curitiba, Belo Horizonte e outras seis capitais.

Super poderes

A abrangência de Mattar atinge 440 empresas estatais, das quais 134 sob o controle da União. A única garantia que ele dá: Banco do Brasil, Caixa Federal, Petrobras e BNDES serão mantidos. As demais passam a ser inquilinas do edifício da incerteza. A meta do governo federal é privatizar, pondo este ano 20 bilhões de dólares no caixa. Até agora, a fatura está em 1 bilhão de dólares.

Distância

Corporações ameaçadas no Brasil invejam a China que tem 51 mil e 341 estatais e quer ampliar o número.

Precisam olhar para fora

Em vez de um debate emocional e, na maioria das vezes, demagógico, a Câmara dos Deputados deveria formar uma caravana para visitar alguns países onde a Previdência Social funciona com fundos sólidos de reserva e sem desvios e achaques dos aposentados. Quer dizer, onde o futuro dos trabalhadores é tratado com seriedade.

Viajar é uma das preferências da maioria dos deputados. São muitos os convites de embaixadas estrangeiras e grande a fila de pretendentes a um bilhete de embarque e hospedagem cinco estrelas. Unam o útil ao agradável.

Radiografia

Em abril de 2016, relatório do Bank of America Merril Lynch constatou:

“O Brasil está flertando com o abismo em sua dívida pública e um pequeno descuido pode fazer entrar em uma espiral.” Acrescentou o relatório: “A dívida pública continua a aumentar por causa dos desafios em conseguir que medidas fiscais sejam aprovadas pelo Congresso Nacional, receitas com desempenho abaixo do esperado em meio à recessão, falta de espaço para cortar gastos públicos e pagamentos crescentes de juros”.

Para conferir

Três anos após divulgação do relatório do Bank of America, alguma coisa mudou? O Congresso discutiu e votou medidas para minorar a crise financeira do governo? O desempenho da Economia melhorou? Houve iniciativas de conter a dívida pública para se adequar à arrecadação? Saímos do abismo do pagamento elevado dos juros? A propósito, o placar eletrônico Jurômetro registrava, ontem à noite, 139 bilhões de reais. Valor pago desde 1º de janeiro deste ano com o dinheiro de impostos para rolar a dívida.

Tem dever de se antecipar

O Tribunal de Contas da União costuma correr com atraso. Agora, determinou que empresas estatais informem o valor dos salários e os gastos com cartões corporativos e viagens de diretores e funcionários. A medida é consequência de auditorias do Tribunal para apurar informações sobre os salários pagos por empresas que não dependem diretamente de recursos do Orçamento da União para funcionar, como a Petrobras e bancos públicos.

É assim

Os valores gastos a mais em estatais, como sempre, jamais retornarão aos cofres públicos.

Na reta final

O PP fez tudo o que pode para manter Mauro Sparta como diretor técnico do Grupo Hospitalar Conceição. Foi atropelado pelo MDB que venceu a parada, indicando Francisco Paz.

Assinatura demorada

Outro esforço do PP que poderá terminar sem efeito: a indicação do suplente de deputado estadual Marcus Vinicius para o secretariado. Há uma voz no núcleo do poder sustentando a barreira.

Há um ano e meio

Em outubro de 2017, o Senado aprovou o relatório final da CPI da Corrupção na Previdência. Foram realizadas 31 audiências públicas e ouvidos 140 convidados. A leitura do relatório de 253 páginas levou 10 horas. Houve sugestões de medidas como a busca do equilíbrio do sistema, intensificação dos mecanismos de combate às fraudes e o fim do desvio de recursos para outros setores.

Alguém observou efeitos?

Andava nas alturas

A 5 de abril de 1999, a taxa básica de juros caiu de 42 para 39,5 por cento, por decisão do Comitê Política Monetária do Banco Central. Contraste com os 6,5 por cento de hoje.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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