Segunda-feira, 13 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 8 de maio de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Prolongou-se por quatro horas, ontem, a reunião da executiva estadual do PSB. Foi fixado o dia 26 deste mês para o encontro do diretório que decidirá sobre questões que têm dividido os socialistas. Deveria ter ocorrido sábado passado, mas a turbulência interna provocou o adiamento.
A pauta ficará dividida em duas partes. A primeira vai tratar da eleição ao governo do Estado. As hipóteses são de candidatura própria ou apoio a outros que estarão na corrida: José Ivo Sartori, Eduardo Leite ou Jairo Jorge. O PT e o PP estão fora de cogitação.
O segundo item da pauta será o Senado. Beto Albuquerque e José Fortunati apresentam-se como pré-candidatos. Se numa coligação o PSB só tiver uma vaga, a definição entre os dois se dará com os votos dos 100 delegados.
Hipóteses
O PDT abre a possibilidade de oferecer as duas vagas ao Senado para o PSB. A chapa de Jairo Jorge teria o ex-deputado federal Jorge Uequed, da Rede, como vice.
Há também a chance de o PSDB dar espaço para Beto e Fortunati, com um indicado pelo PTB sendo vice de Eduardo Leite.
Reino da lentidão
A comissão especial da Câmara dos Deputados, que debate o novo Código de Processo Penal, recebeu 252 propostas sobre o tema, formuladas por juristas e senadores. O suficiente para arrastar a redação do texto final até sabe-se lá quando.
O Código atual é de 1941 e demonstra, a cada dia, que está ultrapassado com o avanço da violência e a consagração da impunidade.
O que falta
O Código Penal precisa incluir, com urgência, artigo sobre o crime de falsidade de promessas eleitorais. A prática estelionatária repete-se com frequência estarrecedora.
Abaixo a globalização
Após 40 anos no PCdoB, Aldo Rebelo passou para o PSB. Não esquentou o assento, ao saber que Joaquim Barbosa tinha se tornado socialista. Pulou para o Solidariedade e concorrerá à Presidência da República. Agora, faz roteiro de campanha no Rio Grande do Sul.
Foi autor do projeto que naufragou na década passada, propondo a não utilização de palavras estrangeiras. Para Rebelo, nada de fitness, like, login, botox, fake, smartphone, check in e por aí vai.
Subindo
O placar eletrônico Impostômetro registrou, a 8 de maio de 2016, o total de 747 bilhões e 200 milhões de reais. Valor arrecadado no País desde 1º de janeiro daquele ano.
Hoje, atinge 846 bilhões de reais. É muito dinheiro para o controle de poucos.
A que ponto chegamos
Leitores indignados comentam por e-mail sobre o engessamento do orçamento federal, referido na coluna de ontem. Do total de 3 trilhões e 500 bilhões de reais a serem arrecadados no próximo ano, apenas 100 bilhões estarão disponíveis para investimentos. Ficarão comprometidos 3 trilhões e 400 bilhões com despesas obrigatórias, das quais o governo não pode fugir.
Concluem que só empréstimos poderão impulsionar novas obras. Significará aumento da dívida pública e o pagamento cada vez mais pesado de juros.
Efeitos da temporada
A definição das nominatas dos partidos é uma forma de democratizar o estrelato. Muitos candidatos, por alguns detalhes, saem do anonimato para o Olimpo num estalar de dedos. Basta saber chamar a atenção.
Por muito pouco
Enfrentar percalço na Câmara dos Deputados, como ocorre hoje, não é novidade para os governos. A 8 de maio de 1998, o presidente Fernando Henrique Cardoso sofreu derrota na votação da reforma da Previdência. Por um voto, foi retirado do texto o dispositivo que instituía idade mínima para obter aposentadoria. Eram necessários 308 votos e o placar final registrou 307.
Risco em ano eleitoral
Nos partidos, quando o diálogo é rompido, o pavio fica curto e a explosão mais próxima.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.