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Brasil O livro do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot vai municiar Lula e outros réus contra a Operação Lava-Jato

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Lula tem dito a aliados que, na hipótese de deixar a prisão em breve, pretende rodar o Brasil. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A distribuição irregular do rumoroso livro do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot em grupos de WhatsApp provocou uma corrida de advogados e políticos às páginas da obra, que ainda não foi oficialmente lançada. Muitos já encontraram material para incrementar atos contra a Operação Lava-Jato e a delação da JBS.

Integrantes do PT, por exemplo, querem anexar o capítulo 15, intitulado “O objeto de desejo chamado Lula”, à ação que o ex-presidente da República move na ONU (Organização das Nações Unidas) contra os métodos dos investigadores que o levaram à prisão.

Nesse trecho da obra, Janot afirma que foi pressionado por integrantes da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba (PR) a sobrepor investigações contra Lula à de outros alvos da operação para dar força à denúncia do caso do triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo – aquela que ficou famosa pela apresentação de Powerpoint feita pelo procurador Deltan Dallagnol.

Um dos conselheiros jurídicos de Lula diz que o relato é um exemplo cristalino da “obsessão da Lava-Jato por Lula”. Segundo ele, basta traduzir o capítulo para o inglês e enviar à ONU com a indicação: “Veja o que diz o próprio procurador-geral da República dos fatos da época, agora, em livro de memórias”.

Advogados de delatados pela empresa JBS também reviraram o livro de Janot. Eles já descobriram, por exemplo, que o ex-procurador-geral da República admite, na obra, ter recebido as gravações feitas por Joesley Batista para conseguir o acordo de delação antes do que consta em documento oficial.

A Procuradoria-Geral da República registrou ter recebido áudios feitos por Batista no dia 7 de abril de 2017, segundo consta do termo de pré-acordo de colaboração premiada. Mas, no capítulo 17 de seu livro, Janot narra um cronograma diferente. O ex-procurador conta que, logo após ouvir as gravações, foi ao Supremo e disse a Edson Fachin, o relator da Lava-Jato, o que tinha em mãos. Ele descreve que deixou com o ministro uma cópia das conversas que tinha até então.

Um ou dois dias depois disso, escreve Janot no livro, ele teria voltado a Fachin para dizer que seria necessário deflagrar ações controladas, em parceria com a Polícia Federal, e que precisaria do aval do Supremo. Só então, registra, o pré-acordo de colaboração foi firmado.

Pelo conteúdo, o livro tem sido chamado por juízes de “delação premiada”. As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo.

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