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Por Redação O Sul | 15 de dezembro de 2020
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, pediu que a população fique em casa pelos próximos dez dias para ajudar o país a diminuir o número de casos de covid-19. López Obrador sugeriu que as reuniões familiares só ocorram entre pessoas que vivam no mesmo endereço. Outra recomendação é que os mexicanos só saiam de casa para o essencial, no período, e que continuem adotando medidas de prevenção para reduzir as infeções.
“São esses dez dias. Nos ajudem todos, vamos nos cuidar porque assim evitamos que haja mais contágios e a saturação dos hospitais”, disse ele, em entrevista coletiva. Apesar do pedido, o presidente do México voltou afirmar que não é necessário adotar medidas restritivas para conter o vírus no país. “Reitero minha confiança no povo, sempre houve uma resposta geral quando fizemos pedidos para que se cuidem”, afirmou.
Sobre a vacinação, que o país prevê começar ainda em dezembro, López Obrador disse que fechou acordos com as principais farmacêuticas com a devida antecipação, mas sugeriu que pode haver atrasos por causa da grande demanda mundial por imunizantes.
“Estamos fazendo o esforço para que as vacinas sejam obtidas o mais rápido possível, estamos dedicados a isso para começarmos a vacinar já neste mês. Vocês vão entender que há muita demanda por vacinas no mundo, fizemos acordos a tempo. Agora, o que queremos é que cumpram os acordos porque há farmacêuticas que estão com muita demanda”, disse ele, sem dar detalhes.
O México anunciou, no início de dezembro, um acordo com a Pfizer para adquirir 34 milhões de doses da vacina produzida pela empresa. A expectativa é que um primeiro lote de 250 mil doses seja enviado ao país ainda em dezembro. O país também tem acordos com a CanSino e com a AstraZeneca, que ainda não tiveram suas vacinas aprovadas por agências reguladoras do setor.
Reconhecimento
O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse na terça-feira (15) que enviou uma carta para parabenizar Joe Biden por sua vitória nas eleições presidenciais dos EUA, depois que Biden venceu a votação estadual do colégio eleitoral que determina oficialmente o presidente americano. “Eu lhe expresso meu reconhecimento por sua postura a favor dos migrantes do México e do mundo, o que permitirá promover o desenvolvimento das comunidades do sudeste do México e da América Central”, disse López Obrador em entrevista coletiva.
A mensagem do presidente mexicano vem após a congratulação enviada por Vladimir Putin. O presidente russo, um dos últimos a parabenizar Biden, esperou pela confirmação do colégio eleitoral de que o democrata era o novo presidente eleito. “De minha parte, estou pronto para a interação e contatos com vocês”, disse Putin em seu telegrama de congratulações publicado pelo Kremlin, que em mais de uma ocasião se referiu ao mau estado das relações nos últimos anos entre os dois países.
A China reconheceu o triunfo de Biden um mês antes, após a confirmação da vitória do candidato no Estado de Arizona. Líderes simpáticos ideologicamente ao governo Trump como o húngaro Viktor Orbán e o israelense Binyamin Netanyahu saudaram o novo presidente um dia depois da confirmação das primeiras projeções do êxito democrata na eleição.