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Rio Grande do Sul Autoridades gaúchas apertam o cerco a um grupo que explora jogos-de-azar há mais de 60 anos no Vale do Paranhana

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Operação deflagrada em Taquara resultou em apreensões, bloqueio de bens e quebras de sigilo. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil gaúcha e o MP (Ministério Público) deflagraram nesta terça-feira (28) mais uma fase de ofensiva contra grupo que explora jogos-de-azar há seis décadas no município de Taquara (Vale do Paranhana). Além de 37 bloqueios de bens e quebras de sigilo fiscal, foram apreendidos documentos, dinheiro, cartões de crédito, computadores, caça-níqueis, blocos de apostas e celulares.

Investigados por organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraude contra a ordem tributária, além de contravenções relacionadas a apostas ilegais, os integrantes do grupo apresentam poder aquisitivo e bens incompatíveis com as suas declarações de renda.

O suposto líder vem sendo monitorado pelo menos desde 2015 e em apenas um ano movimentou somente em contas-correntes mais de R$ 2 milhões sem origem lícita declarada. Denominada “Cruz de Malta”, a operação teve a sua primeira etapa desencadeada em março do ano passado. Desde então, o grupo criminoso já teve bloqueados quase R$ 9 milhões.

Esse trabalho tem sido desenvolvido pelo MP (Ministério Público) e pela Polícia Civil, por meio do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), DRLD (Delegacia de Repressão aos Crimes de Lavagem de Dinheiro) e DCCOR (Divisão Estadual de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro).

Desvio de carga

Em Cruz Alta (Nordeste do Estado), a Polícia Civil apertou o cerco a quadrilha responsável por vários desvios de cargas de grãos na Região Sul do País desde 2015. Ao menos nove suspeitos foram presos em flagrante quando desembarcavam cerca de 40 toneladas de arroz que seria vendido mediante notas frias. Eles serão indiciados por organização criminosa e furto qualificado mediante fraude.

Com o apoio da BM (Brigada Militar) e PRF (Polícia Rodoviária Federal), também foram cumpridos mandados em residências e empresas de investigados em Ijuí.

A ofensiva começou no domingo (26), quando o bando preparava o caminhão que seria utilizado no desvio do produto, e continuou no dia seguinte, quando o veículo foi levado até uma empresa em Pelotas (Sul do Estado) para retirar ilegalmente a carga, avaliada em R$ 120 mil e que deveria ser entregue no Maranhão mas foi parar em Pelotas, onde o grupo seria preso.

Investigadores de São Miguel das Missões e São Luiz Gonzaga, que prestaram apoio à operação, descobriram que o dinheiro dos furtos era investido na compra de veículos, caminhões e imóveis nas regiões de Cruz Alta e Ijuí. Também foi constatado o registro de vários desses bens em nome de “laranjas”.

Estimativas extraoficiais da empresa de seguradora Apisul Reguladora de Sinistros indicam que cooperativas agrícolas e pequenos silos estão entre as principais vítimas. Os prejuízos totalizam mais de R$ 1 bilhão.

(Marcello Campos)

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