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Mundo O ministro britânico responsável pelo Brexit renunciou ao cargo por não apoiar o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia

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Dominic Raab deixa Downing Street após reunião com gabinete. (Foto: Reprodução)

O ministro britânico responsável pela saída do Reino Unido da União Europeia, Dominic Raab, renunciou ao cargo nesta quinta-feira (15). Foi a primeira grande baixa no gabinete desde que a primeira-ministra britânica Theresa May fechou um acordo sobre o Brexit com o bloco europeu. O adeus do deputado eurocético coloca em xeque a viabilidade de aprovação da proposta no Parlamento e a própria autoridade da primeira-ministra à frente do processo. A secretária de Trabalho e Pensões, Erther McVey, também se demitiu, na segunda perda do gabinete. A secretária júnior para o Brexit Suella Braverman foi outra a anunciar sua saída. Antes dos três, o secretário de Estado para a Irlanda do Norte, Shailesh Vara, apresentou sua carta de demissão. Em discurso no Parlamento, May disse que o acordo é “o melhor possível” e advertiu que há risco de não haver Brexit. As informações são do jornal O Globo e de agências de notícias internacionais.

Em carta endereçada a May, Raab destacou que tomou a decisão por “não conseguir, em boa consciência”, apoiar e defender os termos do acordo. A baixa ocorre um dia depois de Theresa May destacar publicamente queconseguira o apoio de seu gabinete em cinco horas de reunião. Ainda assim, a imprensa britânica ressaltou que vários ministros se opuseram à negociação. Uma ala do Partido Conservador, inclusive, começou a se articular para votar contra o rascunho do acordo no Parlamento.

Dois assessores particulares parlamentares e dois assessores também resolveram deixar o governo. Com o impasse, o valor da libra esterlina caiu mais de 1%. Raab frisou que “foi uma honra” servir ao governo como ministro da Justiça e secretário do Brexit. O deputado, que disse “lamentar” por sua decisão, frisou que “precisava renunciar” depois da reunião de gabinete. Ele destacou que entende por que a primeira-ministra escolheu firmar tais termos com a União Europeia e elencou dois motivos principais entre eles para deixar o cargo.

“Primeiro, acredito que o regime regulatório proposto para a Irlanda do Norte apresenta um risco real para a integridade do Reino Unido. Segundo, não posso apoiar um arranjo indefinido de barreira, em que a União Europeia tem poder de veto sobre nossa aptidão de sair (do bloco europeu)”, diz o comunicado.

Segundo o ministro, o acordo não entrega a concretização das promessas feitas ao país durante as eleições. Ele argumenta que a líder teria ratificado um híbrido regime alfandegário e de mercado único imposto externamente sem previsão de controle democrático das leis a serem aplicadas e de opção de saída deste regime. Trata-se, para ele, de uma questão de confiança pública. Neste sentido, Raab frisou que May merece um ministro que trabalhe com convicção pelo avanço do acordo. “Eu só lamento, em boa consciência, que eu não possa”, disse o deputado, segundo quem seu respeito pela primeira-ministra permanece “claro”.

Em entrevista à rede britânica “BBC”, Raab reforçou que o acordo é “deteriora a economia, mas devasta a confiança pública na democracia”. Ao se demitir, a secretária de Estado para o Brexit, Suella Braverman, destacou que “chegou um ponto em que sinto que as concessões (feitas a Bruxelas) não respeitam a vontade do povo”. Para a secretária de Trabalho e Pensões, Esther McVey, que também deu adeus ao governo, o acordo rascunhado “não honra o resultado do referendo” de junho de 2016, em que os britânicos escolheram sair da UE.

Reino Unido e UE decidiram que, até que outros acordos comerciais sejam negociados, todo o país permanecerá numa união aduaneira temporária com o bloco, na expectativa de que ambas as partes cheguem a um acerto conclusivo antes do final de 2020. O foco é impedir controles de fronteira na Irlanda – única passagem terrestre entre a Europa e o país caso o Brexit seja finalizado – sem que haja um acordo comercial em vigor. A Irlanda do Norte ficaria então sujeita a um arranjo especial, que manteria a província sob as regras regulatórias da UE para produtos por um período estendido. O temor é que tal arranjo mantivesse o Reino Unido atado à União Europeia por anos.

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