Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2017
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira (24), que deverá decidir sobre uma possível candidatura à Presidência da República logo após o fim do primeiro trimestre de 2018. Ele lembrou que aqueles que ocupam algum cargo no Poder Executivo, como é o seu caso, têm até o dia 5 de abril para tomar uma decisão. Este é o prazo legal para que ministros deixem o governo caso sejam candidatos.
“No devido tempo, ao final do primeiro trimestre do ano que vem, acredito que é o momento que devemos parar, dar uma olhada e verificar a situação, se é algo adequado ou não de eu continuar prestando serviços ao País”, disse Meirelles, em resposta à pergunta sobre uma possível candidatura à Presidência, após ter feito palestra sobre economia na Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina).
Após questionamento sobre a data em que tomaria uma decisão, ele complementou: “A data legal é 5 de abril, então, até lá, todos que têm condição no Executivo terão que tomar uma decisão se serão ou não serão candidatos a um cargo”.
Reforma da Previdência
Meirelles salientou na quarta-feira (22) que o tempo mínimo de contribuição para que um trabalhador possa se aposentar diminuiu de 25 anos – da proposta de reforma anterior – para 15 anos no novo texto da reforma da Previdência. Além disso, não serão mais afetados os trabalhadores rurais, para quem as regras vão permanecer como são atualmente.
Meirelles agora vê possibilidades “concretas” de aprovação da reforma “O tempo mínimo da contribuição na proposta original era de 25 anos. Agora, vai passar para 15”, disse após sair de reunião no Palácio do Planalto. Segundo Meirelles, quem atingir os 15 anos de contribuição vai receber 60% do benefício da aposentadoria. O cidadão só terá direito a 100% da aposentadoria quando chegar a 40 anos de contribuição. “É um incentivo para as pessoas trabalharem um pouco mais visando ter aposentadoria melhor”, destacou.
Ainda segundo Meirelles, dentro da proposta, nos primeiros dois anos pós-reforma, a idade mínima será para 55 anos. “Vai subindo devagar e só em 20 anos chega a 65″, afirmou. Em sua fala a jornalistas após a reunião no Planalto, Meirelles não entrou em detalhes sobre aposentadorias de homens e mulheres.
“Outra mudança importante é que se retirou a questão do trabalhador rural. Não haverá nenhuma alteração para os trabalhadores rurais. [O que foi aprovado na comissão especial também] vai ser retirado, bem como aqueles benefícios de prestação continuada. Continuam as regras atuais”, disse.
Segundo ele, a equiparação entre trabalhadores públicos e privados e a idade mínima continuam, além da regra de transição. O ministro diz que a proposta nesses moldes vai gerar uma economia de 60% do que era previsto com a reforma originalmente proposta pelo governo. O montante a ser economizado em dez anos seria de pouco menos de R$ 800 bilhões, lembrou Meirelles.