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Brasil O ministro do Turismo já pediu uma audiência com Bolsonaro para defender que as acusações não têm “relação nenhuma” com o caso responsável pela queda de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência

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Álvaro Antônio participou de comissão da Casa e se explicou em conversas privadas. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, já pediu uma audiência com o presidente Jair Bolsonaro para defender que as acusações sobre um suposto esquema de candidaturas de fachada em Minas Gerais não têm “relação nenhuma” com o caso responsável pela queda de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral.

Álvaro Antônio reuniu uma extensa documentação para argumentar com Bolsonaro que sua situação é diferente. Ele pretende alegar que teria sido vítima de uma armação montada pela aposentada Cleuzenir Barbosa. Deputado federal mais votado em Minas, o ministro também presidia o PSL no Estado.

Cleuzenir foi uma das quatro candidatas da sigla que receberam R$ 279 mil dos fundos partidário e eleitoral, mas tiveram votação inexpressiva. Ela concorreu a uma vaga como deputada estadual e recebeu apenas 2.097 votos. As outras três somaram menos de 1,4 mil. Elas usaram o dinheiro recebido do PSL, entre outras coisas, para pagar uma gráfica de um assessor do ministro. Seria, em tese, um desvio de recursos dos fundos à sua campanha.

Com base no Vale do Aço, Álvaro Antônio relata que Cleuzenir, logo após sua derrota nas urnas, começou a pressionar o partido em busca de um cargo. “Quando ela viu que não conseguiria um emprego, mudou o tom das conversas”, diz.

Até o dia 28 de novembro, segundo Álvaro Antônio, Cleuzenir o elogiava nas redes sociais. Postagens supostamente de autoria da aposentada — não estão mais disponíveis — foram impressas pelo ministro com palavras amistosas e desejos de sucesso por sua indicação ao primeiro escalão do governo. “No dia seguinte, correu para a delegacia e registrou boletim de ocorrência dizendo que dois assessores meus tentaram fazer com que ela devolvesse dinheiro do fundo partidário.”

“Em nenhum momento”, ressalta o ministro com esse registro em mãos, “ela cita ameaça ou coação. Aí depois, ao Ministério Público, lembrou que foi coagida e ameaçada com um revólver”.

Para ele, a mudança de versões foi feita unicamente para sustentar a denúncia de desvio de recursos dos fundos. Munido da declaração de despesas da candidata, o ministro aponta: Cleuzenir gastou R$ 8.775 com o próprio marido, R$ 4 mil com o irmão e R$ 1 mil com o sobrinho.

Sobre o dinheiro usado para impressão de material em gráfica de seu assessor, Álvaro Antônio frisa: “Elas fizeram serviços em uma gráfica do irmão de um assessor. Mas a gráfica prestou serviços para vários candidatos da região do Vale do Aço. A empresa existe, tem endereço, CNPJ, emitiu notas fiscais. Tudo dentro da lei”.

A Promotoria de Minas Gerais resolveu investigar o caso. “Acho ótimo, estou 100% tranquilo, ainda mais agora que o Ministério Público entrou na linha para apurar.”

Outro documento que deverá ser anexado à defesa do ministro, segundo seus interlocutores, é uma sentença da 3 Vara Federal em Governador Valadares (MG).

Cleuzenir entrou na Justiça pedindo a conversão do benefício de auxílio-doença em aposentadoria por invalidez. Perícia atestou que ela teve diagnóstico de “depressão severa” e era submetida a “intensa medicação”. A sentença saiu em março do ano passado. Mesmo com a concessão do benefício por invalidez, ela candidatou-se à Assembleia Legislativa. Em casos assim, o Instituto Nacional do Seguro Social proíbe qualquer atividade laboral enquanto o benefício é pago.

Com essa linha de defesa, Álvaro Antônio pretende evitar um rolo compressor em torno do escândalo das candidaturas laranjas do PSL e manter-se no cargo

Antes de ser demitido, Bebianno disse não saber a razão para a diferença de tratamento, por Bolsonaro, de seu caso e o de Álvaro Antônio. “Não sei, não sou eu que dispenso tratamento. Eu estou recebendo tratamento com perplexidade. Quem dispensa o tratamento é que tem que explicar os seus motivos”, afirmou no fim de semana o agora ex-ministro da Secretaria-Geral, que ocupava um gabinete no quarto andar do Palácio do Planalto.

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