Quinta-feira, 20 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de fevereiro de 2021
O número de casos de covid-19 voltou a cair drasticamente nos Estados Unidos no domingo (14), quando 64 mil novas infecções foram registradas, contra 83 mil infecções um dia antes.
A queda é significativa na comparação com o início de janeiro, quando os EUA chegaram a registrar mais de 300 mil casos em um único dia, um recorde desde então, segundo levantamento feito pela Universidade Johns Hopkins.
O número de mortes também caiu no domingo, para 1.084, contra 3.361. Com a nova atualização, o país tem agora mais de 27,6 milhões de casos confirmados de covid-19. Desde o início da pandemia, a covid-19 fez mais de 485 mil vítimas nos EUA.
O total de hospitalizações por causa da doença também continua caindo. De acordo com o Covid Tracking Project, 67 mil pessoas estavam internadas no domingo. Desse total, 14 mil eram atendidas em unidades de terapia intensiva (UTI).
A Casa Branca informou que o presidente Joe Biden participará nesta semana de uma cúpula virtual com líderes do G-7 para discutir a pandemia.
O objetivo de Biden no encontro, segundo a Casa Branca, é coordenar a resposta global à covid-19. Os EUA querem coordenar a produção, distribuição e estoques de vacinas, assim como adotar medidas para enfrentar a ameaça de outras doenças.
Enquanto isso, o governo americano também luta para ampliar a vacinação. O Walmart deve agora se tornar um dos maiores centros de aplicação das doses dos EUA, parte de um esforço da Casa Branca de incluir farmácias na distribuição dos imunizantes para a população.
A expectativa é que 1 milhão de doses de vacinas sejam entregues diretamente às farmácias por semana. Desse total, 200 mil doses serão destinadas ao Walmart, de acordo com uma porta-voz da Casa Branca.
Nova variante
Um grupo de cientistas norte-americanos publicou estudo em que afirma ter descoberto pelo menos sete variantes do novo coronavírus nos Estados Unidos. Apesar de ser uma pesquisa que ainda não tem revisão dos pares, ou seja, necessita que outros estudiosos confirmem, ela aponta mutação coincidente no mesmo ponto dos genes.
O temor dos pesquisadores é de que essa “mutação compartilhada”, como eles a chamam, possa tornar as variantes mais contagiosas. Mas eles suspeitam de que elas podem ser do mesmo tipo que apareceu no Reino Unido e na África do Sul.
“Há, claramente, algo acontecendo com essa mutação”, afirmou Jeremy Kamil, virologista do Centro de Ciências da Saúde da Louisiana State University e coautor do estudo, ao The New York Times. “Acho que há uma assinatura clara de um benefício evolutivo”, completou.
Ainda é necessário que experimentos adicionais sejam realizados para ver se as variações afetam a transmissão ou morbidade.
Uma das variantes, chamada de Q677P, foi detectada pela primeira vez nos EUA em 23 de outubro. Depois disso, tornou-se responsável por 27,8% dos casos de covid-19 na Louisiana no período entre 1º de dezembro e 19 de janeiro.