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Mundo O papa revelou as “duas dores” que tem em seu coração: as vítimas do atentado na Colômbia e os imigrantes mortos no Mediterrâneo

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O papa Francisco em sua tradicional oração do Ângelus, de frente para a Praça São Pedro. (Foto: Reprodução)

O papa Francisco falou, neste domingo (20), das “duas dores” que tem em seu coração, referindo-se às vítimas do atentado na Colômbia esta semana e aos imigrantes mortos no Mediterrâneo recentemente. “Tenho duas dores no coração: Colômbia e o Mediterrâneo”, desabafou o papa na tradicional oração do Ângelus, em Roma. “Quero expressar meu apoio ao povo colombiano depois do ataque terrorista de quinta-feira passada contra a Escola Nacional de Polícia”, afirmou.

“Rezo pelas vítimas e por suas famílias e continuo rezando pelo caminho da paz na Colômbia”, acrescentou ele, que viaja esta semana para o Panamá para a JMJ (Jornada Mundial da Juventude).

Na quinta-feira (17), um atentado atribuído ao ELN (Exército de Libertação Nacional) matou 20 jovens estudantes de uma academia de polícia em Bogotá e deixou cerca de 70 feridos. Francisco também evocou as 170 pessoas que morreram no Mediterrâneo recentemente.

Olhar materno

No início do ano, o papa pediu “um olhar materno” para enfrentar o futuro em um mundo “cada vez mais desunido” e com muita solidão. O pontífice refletiu sobre o papel da Virgem Maria e das mães em geral. “Precisamos aprender das mães que o heroísmo está em se doar, a força em ser misericordioso e a sabedoria na mansidão”, explicou.

Francisco afirmou que “as mães pegam pelas mãos os filhos e os introduzem na vida com amor”, mas alertou para os filhos “que hoje vão por conta própria, perdem o rumo, se acham fortes e se perdem; se acham livres e se tornam escravos”.

“Quantos, esquecendo o afeto materno, vivem zangados e indiferentes a tudo? Quantos, infelizmente, reagem a tudo e a todos com veneno e maldade? Em algumas ocasiões, mostrar-se mau parece inclusive sinal de força. Mas é só fraqueza”, questionou o papa.

Por isso, reivindicou um “olhar materno” em um mundo no qual “há muita dispersão e solidão ao nosso redor”. “O mundo está totalmente conectado, mas parece cada vez mais desunido. Precisamos confiar na Mãe”, disse Francisco, que acrescentou que “um mundo que olha para o futuro sem olhar materno é míope”.

“Pode aumentar os benefícios, mas já não saberá ver os homens como filhos. Terá lucro, mas não será para todos. Viveremos na mesma casa, mas não como irmãos. A família humana se fundamenta nas mães”, afirmou.

E continuou: “Um mundo no qual a ternura materna foi relegada a um mero sentimento poderá ser rico de coisas, mas não de futuro”. Esta visão materna à qual se referiu o pontífice também deve ser aplicada na Igreja Católica, pois caso contrário “corre-se o risco de parecer um formoso museu do passado”. Além disso, o papa defendeu que “a unidade conta mais que a diversidade”.

Ganância

Francisco apontou para a “ganância insaciável” e a ostentação de bens materiais. Para ele, o homem deve refletir sobre a necessidade do supérfluo. Para ele, o homem deve passar por momentos de reflexão: “será verdade que preciso de tantas coisas, de receitas complicadas para viver? Quais são os contornos supérfluos de que consigo prescindir para abraçar uma vida mais simples?”

Francisco completou dizendo que é preciso superar o egoísmo e evitar cair “na mundanidade e no consumismo”. “Diante da manjedoura, compreendemos que não são os bens que alimentam a vida, mas o amor; não a voracidade, mas a caridade; não a abundância ostentada, mas a simplicidade que devemos preservar”, disse ainda.

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