Terça-feira, 17 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 11 de abril de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Em dois dias, o placar eletrônico jurometro.com.br atingirá 150 bilhões de reais, valor pago desde 1º de janeiro deste ano com a arrecadação de impostos para rolar a dívida do governo federal. Comparando, o orçamento do Ministério da Saúde para 2019 é de 130 bilhões de reais.
Situação vergonhosa
Está muito claro que há necessidade imperiosa de cortar gastos de custeio na União e nos Estados. Para este ano, como nos cinco anteriores, não sobra nada da arrecadação do governo do Rio Grande do Sul que possa se transformar em investimentos.
Boia de salvação
Para investir, o governo do Estado festejou, ontem, a renovação de um contrato de financiamento com o Banco Mundial no valor de 92 milhões de reais. De outro jeito, andaremos de buraco em buraco pelas estradas.
Há sempre uma desculpa
Toda a vez que o corte de gastos vem a debate surge o argumento de que é tarefa impossível em função das amarras legais, políticas, eleitorais, burocráticas e constitucionais. Então, deixemos o barco à deriva no mar tempestuoso. Com impostos exorbitantes, continuaremos pagando o combustível até o naufrágio.
Fala equivocada
Nota divulgada ontem pela bancada estadual do MDB reafirmou que o partido segue integrando a base aliada, mas revelou a taça de brindes já trincada. Efeito da declaração do governador Eduardo Leite, de que “o plano de recuperação fiscal, proposto pela Secretaria do Tesouro Nacional, não foi levado a sério pela gestão anterior”. A assessoria lhe repassou a informação errada.
Alta milhagem
Esta coluna registrou, ao longo de quatro anos, que o governador José Ivo Sartori e o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, poderiam acabar confundidos por alguns passageiros como integrantes da tripulação, tantos foram os voos que fizeram a Brasília para tratar do problema.
Pratos quebrados
Os 100 dias do governo estadual serviram para entrevistas e comemorações. Ontem, veio a resposta. O líder da bancada do PT na Assembleia, deputado Luiz Fernando Mainardi, nos 25 minutos iniciais da sessão plenária da Assembleia, atacou a gestão sem parar, ressaltando omissões. A partir de agora, o paiol está aberto. As defesas do governo foram superficiais.
Falta continuidade
O levantamento total de imóveis de propriedade do Estado é um mistério que se arrasta há 30 anos. Se um governo recomeça a tarefa de organizar a lista, o seguinte interrompe. Enquanto isso, terrenos e imóveis estão abandonados ou invadidos. Prejuízo constante ao patrimônio público.
Dinheiro pela janela
As 4 mil e 700 obras paradas do Programa de Aceleração do Crescimento equivalem a 135 bilhões de reais em investimentos. O levantamento foi apresentado ontem pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Desse total, 65 bilhões foram executados. De acordo com estimativa da entidade, a retomada dos empreendimentos pode ajudar a gerar 500 mil postos de trabalho. Em país mais sério, os responsáveis pelo desperdício estariam vendo o sol nascer quadrado.
Passando pente fino
O Tribunal de Contas do Estado julgará as contas de gestão de 2017 do governo Sartori na próxima terça-feira. O relator será o conselheiro Pedro Figueiredo. Ex-secretários garantem que não haverá objeções.
Para levar vantagens
Há uma região do País que não dorme em serviço e puxa de novo a brasa para sua sardinha. O relator-geral da proposta orçamentária para 2020 será o deputado federal Domingos Neto, do PSD do Ceará. Com a caneta cheia de tinta, dará a palavra final sobre a divisão de verbas, bradando a famosa expressão: “Tudo pelo Nordeste”.
Só chutou fora
Repórteres continuavam ontem procurando uma decisão importante anunciada e mantida pelo ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez. Foram três meses e oito dias de tempo perdido para a Educação.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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