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Brasil A Polícia Federal cumpriu mandados de busca contra o senador Ciro Nogueira

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Cargos em órgãos federais têm sido negociados pelo governo com os partidos do Centrão. Na foto, o senador Ciro Nogueira. (Foto: Moreira Mariz/Agência Senado)

A PF (Polícia Federal) cumpriu nesta quinta-feira (27) mandados de busca e apreensão em dois endereços relacionados ao senador Ciro Nogueira – presidente do PP (Partido Progressista) e candidato à reeleição – em Teresina, no Piauí. Os mandados foram autorizados pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF (Supremo Tribunal Federal).

A decisão foi tomada em inquérito que apura os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa supostamente praticados por empresários, políticos e doleiros. A defesa do senador criticou a decisão judicial que autorizou a operação. “Uma busca baseada em uma delação antiga, dentro de um inquérito aberto há tanto tempo e determinada a 10 dias das eleições é uma verdadeira intromissão do Poder Judiciário no processo eleitoral”, disse em nota.

“A defesa não se preocupa em absoluto com o que foi apreendido, mas denuncia o uso eleitoral que certamente se fará desta decisão judicial inoportuna, inadequada e desmedida neste momento”, prosseguiu.

De acordo com pesquisa Ibope, Ciro Nogueira lidera as intenções de voto para senador no Piauí, com 36%. Na operação desta quinta, a PF fez buscas na sede do PP em Teresina e na casa de um funcionário do partido.

Inquérito no Supremo 

As investigações iniciaram a partir de acordos de colaboração premiada firmados por executivos da empreiteira Odebrecht com a PGR (Procuradoria-Geral da República). Depois dos depoimentos, a pedido da PGR, o STF abriu inquérito para investigar o senador.

O presidente nacional do PP é suspeito de receber R$ 1,6 milhão, divididos entre os anos de 2010 e 2014, para sua campanha eleitoral e para o próprio partido. Segundo os investigadores, a quantia foi repassada por meio do setor de Operações Estruturadas do grupo Odebrecht.

De acordo com o Ministério Público Federal, Nogueira procurou representantes da empreiteira para solicitar quantias para sua campanha eleitoral e para o PP. Ainda de acordo com o inquérito, o senador recebeu R$ 300 mil em 2010, quando ainda era deputado federal, e R$ 1,3 milhão em 2014, parcelado em duas vezes.

Íntegra da nota da defesa do senador

“O Senador Ciro Nogueira foi citado nas delações da UTC e da Odebrecht. A delação da UTC deu ensejo a uma denúncia feita pela PGR que foi rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal. Nela o Supremo desconsiderou o valor probatório mínimo da delação e sequer permitiu a abertura do processo penal contra o Senador. A outra delação, da Odebrecht, fez com que fosse aberto o Inquérito 4407 no Supremo. Esta delação, bastante conhecida, é antiga. O Inquérito está aberto no Supremo Tribunal há 18 meses. A Defesa indaga o porquê de ser determinada busca e apreensão contra o PP há 10 dias das eleições? Obviamente não havia necessidade e urgência para esta medida neste momento. Embora o Senador não seja alvo da medida de busca o prejuízo eleitoral é evidente. Mais uma vez enfrentamos a criminalização da politica, com o agravante que agora estamos em pleno processo eleitoral. Uma busca baseada em uma delação antiga, dentro de um inquérito aberto há tanto tempo e determinada a 10 dias das eleições é uma verdadeira intromissão do Poder Judiciário no processo eleitoral. A Defesa não se preocupa em absoluto com o que foi apreendido, mas denuncia o uso eleitoral que certamente se fará desta decisão judicial inoportuna, inadequada e desmedida neste momento. A criminalização da política tem que ser enfrentada em nome da normalidade democrática.”

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https://www.osul.com.br/o-presidente-do-partido-progressista-senador-ciro-nogueira-e-alvo-de-operacao-da-policia-federal/ A Polícia Federal cumpriu mandados de busca contra o senador Ciro Nogueira 2018-09-27
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