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Mundo O presidente da Síria reagiu ao seu colega norte-americano e alertou sobre a possibilidade de choque com as forças dos Estados Unidos

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Bashar al-Assad falou sobre situação em entrevista para agência estatal russa. (Foto: Reprodução)

Os Estados Unidos deveriam aprender a lição do Iraque e deixar a Síria, disse o presidente sírio, Bashar al-Assad, em uma entrevista, respondendo à descrição que o presidente dos EUA, Donald Trump, fez dele como um animal ao dizer que “o que você diz é o que você é”. Na entrevista à RT, a emissora estatal internacional da Rússia, Assad aventou a possibilidade de um conflito com as forças dos EUA caso elas não deixem a Síria.

Assad prometeu recuperar os territórios onde as tropas norte-americanas se mobilizaram – seja por meio de negociações com os aliados sírios de Washington, seja pela força.

Assad, que tem apoio da Rússia e do Irã, parece militarmente inatacável na guerra que já matou aproximadamente meio milhão de pessoas, deslocou cerca de 6 milhões e levou outras 5 milhões a buscarem refúgio no exterior.

Depois de recuperar várias áreas do país, Assad agora controla a maior parte da Síria, mas ainda existem regiões fora de seu controle nas fronteiras com Iraque, Jordânia e Turquia.

Estas incluem grandes partes do norte e do leste onde forças especiais dos EUA se posicionaram durante o confronto com o Estado Islâmico, apoiando as Forças Democráticas Sírias (SDF, na sigla em inglês) de maioria curda.

Assad disse que o governo havia “começado agora a abrir portas para negociações” com as SDF, cujo principal componente, a milícia curda YPG, vem evitando um conflito com Damasco na guerra.

“Esta é a primeira opção. Senão, recorreremos… à liberação destas áreas à força. Não temos qualquer outra opção, com os americanos ou sem os americanos”, disse. “Os americanos deveriam partir, de alguma maneira partirão”.

“Eles foram para o Iraque sem base legal, e veja o que aconteceu com eles. Eles têm que aprender a lição. O Iraque não é exceção, e a Síria não é exceção. As pessoas não aceitarão mais estrangeiros nesta região”, disse.

A invasão do Iraque liderada por Washington, que derrubou Saddam Hussein em 2003, desencadeou uma insurgência que durou anos.

Em abril Trump disse querer retirar os soldados de seu país do solo sírio relativamente rápido, mas também expressou o desejo de deixar “uma marca forte e duradoura”.

Tropas do Irã

Na mesma entrevista, o presidente negou que em seu país estejam enviadas forças iranianas, e acusou Israel de mentir sobre sua presença.

“No nosso território não há tropas iranianas e nunca as houve. caso contrário, não a esconderíamos”, garantiu Assad.  Ao mesmo tempo, reconheceu a presença no país árabe de assessores militares da República Islâmica que “assistem o Exército sírio”, mas não as tropas regulares.

Assad atacou Israel por “mentir” sobre a presença de forças iranianas na Síria para garantir que no ataque executado há algumas semanas pela aviação israelense contra bases militares e acampamentos iranianos na Síria, “houve dezenas de mortos e feridos entre sírios, mas nem um iraniano”.

Ao comentar as relações da Rússia e Estados Unidos, Assad elogiou a “sabedoria” de Moscou por evitar um confronto direto com Washington.

“Estávamos muito perto de um possível conflito direto entre as forças da Rússia e EUA, mas, por sorte, pudemos evitar”, disse Assad.

O líder sírio disse que o confronto direto entre as duas potências não aconteceu graças à “sabedoria” demonstrada pelos russos “e não pelos americanos”.

Por outro lado, ele negou novamente que seu país tenha sofrido uma guerra civil, porque esse termo, segundo disse, implica uma divisão por motivos étnicos, religiosos, ou políticos “que não ocorreram” na Síria.

“Atualmente, não temos unidade territorial”, reconheceu Assad, ao acusar disso os mercenários “comprados pelo Ocidente para derrubar o governo” sírio, mas “se tivéssemos uma guerra civil, o que seria dividido seria a sociedade”, disse ele.

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