Quinta-feira, 06 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de abril de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
São visíveis os sinais de deterioração do quadro econômico. Não precisa ler revistas e relatórios de consultorias especializadas, basta comprar alimentos. O governo parece sofrer de uma patologia qualquer que não o deixa falar a verdade.
Um dos fatores que impulsiona a crise econômica é a falta de confiança na equipe econômica. Com isso, há perda do grau de investimento. Relatório do Bank of America Merril Lynch constata: “O Brasil está flertando com o abismo em sua dívida pública e um pequeno descuido pode fazer entrar em uma espiral.”
Acrescenta: “A dívida pública continua a aumentar por causa dos desafios em conseguir que medidas fiscais sejam aprovadas pelo Congresso, receitas com desempenho abaixo do esperado em meio à recessão, falta de espaço para cortar gastos públicos e pagamentos crescentes de juros”.
O Brasil tem 370 bilhões de dólares em reservas internacionais, que não podem jamais servir para tapar rombos.
TIROU AS ESPERANÇAS
Em março de 2007, o presidente Lula disse que não havia possibilidade de novo acordo com os governadores sobre as dívidas dos Estados com a União. O argumento: “Não quero de volta a anarquia fiscal para o País, como ocorreu no passado, quando teve gente que administrou com dinheiro da venda de empresas públicas.”
O Rio Grande do Sul foi um deles.
CONTRA E A FAVOR
O calendário da propaganda partidária em rádio e TV, este mês, terá dois rojões contra o governo Dilma: nos dias 14 (DEM) e 19 (Rede). Dia 21, o PDT ficará em cima do muro e no dia 28 o PC do B fará a defesa.
ESTÁ NO ALVO
A ex-presidente Cristina Kirchner pode ser levada a prestar depoimento de maneira coercitiva na Polícia. Possibilidade revelada por repórter do jornal Clarín, de Buenos Aires. Os processos se referem a seus hotéis na Patagônia, venda de dólares e a imensa dívida pública que deixou.
TORNEIRA FECHADA
Em torno de 1 mil e 400 prefeituras no País não receberam repasse do Fundo de Participação dos Municípios. O governo federal prometeu e cumpriu: os que têm dívidas com a Previdência ficaram de fora em março.
30 ANOS DEPOIS
A 5 de abril de 1986, para desfazer versões antagônicas, o presidente José Sarney declarou que “o PMDB é governo” e sua gestão seguiria o programa partidário. Era o que a presidente Dilma gostaria de estar afirmando agora para reduzir a fragilização política.
RÁPIDAS
* A vassoura vai pegar a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que quer seguir no PMDB. Estar na quota pessoal da presidente Dilma não adiantará.
* Diferente dos movimentos de rua em junho de 2013, os jovens têm sido minoria nas manifestações mais recentes.
* O jornal cubano Granma destaca o anúncio do Movimento dos Sem Terra: “Tomaremos as ruas em defesa do mandato de Dilma”.
* Desde 2013, não anda na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia o projeto do deputado Pedro Pereira que antecipa para janeiro o começo da vacinação contra gripe.
* Placa que secretários estaduais, em meio à penúria financeira, devem afixar nos gabinetes: Não prometo nada.
* Deu no jornal: “Senador do PMDB propõe eleições para Presidência em outubro”. É o famoso bode na sala e dependeria de aprovação de emenda constitucional.
* Diante da gravidade política e econômica, os eleitores não permitirão que candidatos desenvolvam a arte de contar histórias.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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