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Brasil O procurador-geral da República Rodrigo Janot reclama de ataques, mas diz que é o esperado por perseguir corruptos

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Janot participou de sua última sessão plenária no Supremo Tribunal Federal. (Foto: AG)

Em discurso de despedida no STF ( Supremo Tribunal Federal), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta quinta-feira (14) que sofreu todo tipo de ataque enquanto exerceu o cargo. No entanto, ele avalia que é natural esse tipo de reação, já que se dedicou a enfrentar a corrupção no País. Janot deixa a chefia do Ministério Público Federal neste domingo. Na segunda-feira, a subprocuradora da República Raquel Dodge assumirá o cargo pelo período de dois anos.

“Tenho sofrido nessa jornada, que não poucas vezes pareceu-me inglória, toda sorte de ataques. Resigno-me a meu destino porque, mesmo antes de começar, sabia exatamente que haveria um custo por enfrentar esse modelo político corrupto e produtor de corrupção, cimentado por anos de impunidade e descaso”, afirmou.

Janot disse que esses ataques já estão “nos escombros do passado”, por estar de saída do cargo. E completou: “As páginas da história certamente vão revelar o lado que cada um escolheu para travar sua batalha pessoal nesse processo”.

O ministro Gilmar Mendes, principal crítico do trabalho de Janot, não estava presente na sessão de hoje. A presidente do STF, Cármen Lúcia, fez breve discurso na sequência. Disse que a transitoriedade dos mandatos é saudável para a democracia e significa que as instituições são maiores que as pessoas que as representam.

“É da democracia e da República a transitoriedade dos mandatos, dentro perspectiva de que somos passageiros numa nação que é muito maior do que qualquer um de nós. Desejamos que vossa excelência tenha nessa nova fase perspectiva, realizações, e o Ministério Público continuará a cumprir a missão que é tão importante, que foi entregue pela Constituição de 1988 de uma forma muito especial”, disse a ministra.

No discurso, Janot elogiou a forma como o STF vem conduzindo os processos da Operação Lava-Jato.

“Não poderia me furtar a testemunhar publicamente a retidão dessa casa na condução do processo jurídico criminal mais complexo e delicado que o país já presenciou. Nos momentos mais cruciais do fenômeno que se convencionou chamar de Lava-jato, o STF foi firme, respeitou as leis e a Constituição, mas não se acovardou sob a pseudo prudência ou da literalidade pedestre das normas em que facilmente se escondem a pusilanimidade e os interesses vis”, afirmou.

O procurador-geral também criticou o excesso de corrupção da classe política. Para ele, a atuação do tribunal é essencial para coibir essas práticas.

“O Brasil, tal qual um paciente submetido a um gravoso tratamento, convulsiona no processo curativo do combate à corrupção. Essa Corte tem desempenhado o papel de esteio da estabilidade institucional e democrático”, declarou.

Apesar das constantes críticas vindas de Gilmar Mendes, Janot disse que recebeu “generoso acolhimento” do STF e assistiu a julgamentos históricos – entre eles, o que confirmou a legalidade da decisão do ministro Edson Fachin de homologar sozinho o acordo de delação premiada firmado com a JBS. (O Globo)

 

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https://www.osul.com.br/o-procurador-geral-da-republica-rodrigo-janot-reclama-de-ataques-mas-diz-que-e-o-esperado-por-perseguir-corruptos/ O procurador-geral da República Rodrigo Janot reclama de ataques, mas diz que é o esperado por perseguir corruptos 2017-09-14
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