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Brasil O PIB do Brasil mostra que a economia do País perdeu o embalo para crescer

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Com 12,9 milhões de brasileiros sem emprego e outros 4,8 milhões que desistiram de buscar uma vaga, o consumo das famílias não tem fôlego, afirmam especialistas. (Foto: Divulgação)

O PIB (Produto Interno Bruto) é um indicador síntese da produção e da renda de um país. E, neste momento do Brasil, o resumo mais fiel da soma de todos os problemas que atingem a economia. Os números divulgados nesta sexta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) são o retrato de um trimestre no qual o País parou: a greve dos caminhoneiros derrubou a indústria, atolou o campo, fez disparar os preços no supermercados. Mas esses efeitos foram transitórios (apesar de a solução para a greve ter criado distorções duradouras, como o tabelamento do frete e o subsídio ao diesel).

Trajetória de longo prazo

Por isso, o que importa mesmo não é o 0,2% de expansão do PIB no segundo trimestre. E sim sua trajetória de longo prazo. Sob essa perspectiva, os números não são nada animadores. No acumulado de 12 meses, o PIB saiu do terreno negativo (-0,2% em setembro de 2017), para subir 1% no fim do ano passado e depois 1,3% o primeiro trimestre deste ano. Agora, essa taxa pouco andou, indo para 1,4%. Ou seja, o País perdeu seu “momento linear”, o embalo necessário para crescer com mais intensidade. O desemprego elevado, as contas públicas em frangalhos e uma enorme crise de confiança no País em meio ao cenário eleitoral mais incerto da História estão espelhados neste resultado.

Consumo das famílias não tem fôlego para acelerar

Com 12,9 milhões de brasileiros sem emprego e outros 4,8 milhões que desistiram de buscar uma vaga, o consumo das famílias não tem fôlego para acelerar: cresceu 2,3% nos últimos 12 meses, praticamente a mesma taxa do trimestre anterior (2,1%). A crise na construção civil, os investimentos públicos no menor patamar em 10 anos (reflexo direto do buraco no Orçamento dos governos) e a enorme desconfiança que se abateu sobre os empresários solaparam a capacidade do Brasil de destinar recursos para aumentar sua produção no futuro. Com isso, a taxa de investimento ficou em 16% do PIB — o segundo pior resultado para este trimestre desde 2000.

As estatísticas mostram que, oficialmente, o País saiu no fim de 2016 da recessão mais longa e profunda de sua História. Mas o crescimento econômico desde então mostra poucos motivos para comemoração. A economia ainda está num patamar 6% abaixo de seu melhor momento antes da recessão.

Incertezas eleitorais e externas

E o cenário para o futuro próximo não é nada alentador. A instabilidade nos mercados financeiros, em meio às incertezas eleitorais e externas, criam uma incógnita para a economia. O segundo semestre deste ano será difícil. E qualquer que seja o resultado das eleições, mesmo que o dólar volte a um patamar de equilíbrio, a primeira metade de 2019 também será de pouco alívio para atividade econômica, preveem os especialistas.

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https://www.osul.com.br/o-produto-interno-bruto-do-brasil-mostra-que-a-economia-do-pais-perdeu-o-embalo-para-crescer/ O PIB do Brasil mostra que a economia do País perdeu o embalo para crescer 2018-08-31
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