Segunda-feira, 17 de junho de 2024
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2017
O PSDB deve esperar o resultado do julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da chapa Dilma-Temer para decidir sobre eventual desembarque do governo. A Corte eleitoral marcou para o próximo dia 6 o julgamento de uma ação que pode resultar na cassação do presidente.
Por esse motivo, tucanos avaliam que uma saída neste momento seria prematura. “Nós vamos ver também essa votação [julgamento] do TSE, que talvez seja mais relevante e definitiva”, disse o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).
Em reuniões nos últimos dias, tucanos avaliaram que numa eventual eleição para o Palácio do Planalto, a sigla poderia sair fragilizada se fizesse um rompimento brusco com o PMDB. O partido de Temer detém as maiores bancadas nas duas casas no Congresso.
Nos bastidores, o PSDB avalia ainda que a situação atual do governo pode mudar a depender de como o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) vai responder às acusações feitas pelo grupo JBS. Aliado e ex-assessor direto de Temer, Rocha Loures foi flagrado recebendo R$ 500 mil do grupo.
Em pronunciamento, Temer negou ter qualquer relação com o pagamento feito a seu aliado. Contudo, se o deputado confirmar a versão apresentada nas delações, de que ele agiu em nome de Temer, a situação do governo pode se deteriorar mais. (Folhapress)