Segunda-feira, 27 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2017
Na nova denúncia criminal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a força-tarefa da Operação Lava-Jato sustenta que as empreiteiras Schahin, Odebrecht e OAS pagaram R$ 1,02 milhão em reformas do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo. A propriedade do sítio é atribuída ao petista, o que ele nega.
Segundo a Procuradoria, a Odebrecht e a OAS gastaram R$ 870 mil no empreendimento. A Schahin, por sua vez, desembolsou R$ 150,5 mil.
É a primeira vez que a Procuradoria da República aponta envolvimento da Schahin nas obras de Atibaia. Anteriormente, os procuradores já haviam atribuído à Odebrecht e à OAS responsabilidade por melhorias no imóvel.
Segundo a denúncia, a Odebrecht e a OAS pagaram propinas no valor total de R$ 155 milhões a partidos políticos da base de Lula – R$ 128 milhões da primeira e R$ 27 milhões da outra – relativas a 7 contratos firmados com a Petrobras.
“Esses valores (R$ 155 milhões) foram repassados a partidos e políticos que davam sustentação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente o PT, o PP e PMDB, bem como aos agentes públicos da Petrobras envolvidos no esquema e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro”, afirma a força-tarefa da Lava-Jato.
Parte dos R$ 155 milhões, de acordo com a Procuradoria, foi investida no sítio.
Os procuradores destacam que os R$ 870 mil supostamente investidos pela Odebrecht e pela OAS foram lavados “mediante a realização de reformas, construção de anexos e outras benfeitorias no Sítio de Atibaia, para adequá-lo às necessidades da família do denunciado Luiz Inácio Lula da Silva, assim como mediante a realização de melhorias na cozinha do referido sítio e aquisição de mobiliário para tanto”.