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Brasil O PT critica agressões de petistas a Míriam Leitão, mas atribui o “clima de ódio” no País à imprensa

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Nota é assinada pela recém-eleita presidente do PT, Gleisi Hoffmann. (Foto: Divulgação)

O PT (Partidos dos Trabalhadores) afirmou em nota oficial, nesta terça-feira (13), que “lamenta o constrangimento” sofrido pela jornalista e colunista do jornal O Globo Míriam Leitão em um voo de Brasília (DF) para o Rio de Janeiro (RJ) no sábado (3). Conforme o relato em sua coluna desta terça-feira, Míram diz ter sido alvo de contínuas hostilidades e agressões verbais por parte de dirigentes do PT que retornavam para o Rio após o congresso do partido.

Depois de dizer que orienta sua militância a “não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas ou ideológicas”, o partido atribuiu parte do acirramento do ódio e da radicalização no País ao trabalho da imprensa, no caso da Rede Globo.

Leia a íntegra da nota assinada pela recém-eleita presidente do PT, Gleisi Hoffmann:

O Partido dos Trabalhadores lamenta o constrangimento sofrido pela jornalista Miriam Leitão no voo entre Brasília e o Rio de Janeiro no último dia 3 de junho, conforme relatado por ela em sua coluna de hoje. Orientamos nossa militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas, ideológicas ou por qualquer outro motivo, como confundi-las com as empresas para as quais trabalhem.

Entendemos que esse comportamento não agrega nada ao debate democrático. Destacamos ainda que muitos integrantes do Partido dos Trabalhadores, inclusive esta senadora, já foram vítimas de semelhante agressão dentro de aviões, aeroportos e em outros locais públicos.

Não podemos, entretanto, deixar de ressaltar que a Rede Globo, empresa para a qual trabalha a jornalista Miriam Leitão, é, em grande medida, responsável pelo clima de radicalização e até de ódio por que passa o Brasil, e em nada tem contribuído para amenizar esse clima do qual é partícipe. O PT não fará com a Globo o que a Globo faz com o PT.”

Resposta

Em resposta, a Rede Globo declarou que a nota do PT se equivoca e que contribui para esse tipo de agressão são “os mais altos dirigentes do partido que, em face das acusações que sofrem dos órgãos de investigação do país, ofendem de forma contumaz aqueles que apenas noticiam os fatos”. De acordo com a TV GLOBO, a nota da senadora Gleisi Hoffman é “o mais acabado exemplo disso”.

“Transforma o que deveria ser apenas um pedido de desculpas à jornalista Miriam Leitão num ataque à TV Globo, contribuindo para essa cultura do ódio de alguns de seus militantes”, diz a rede. A TV Globo conclui a nota, dizendo que nada disso porém, intimidará o trabalho de reportar os fatos com isenção.

Associações de jornais e jornalistas repudiaram, nesta terça-feira (13), as agressões relatadas pela jornalista. Míriam contou que foi agredida verbalmente desde a sala de embarque e durante todo o voo, sem que os comandantes da Avianca tenham repreendido os dirigentes petistas. A colunista teria sido convidada – por recomendação da Polícia Federal, segundo a tripulação – a mudar de lugar, o que foi recusado.

Em nota, a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) repudiou “o comportamento dos passageiros que, de maneira covarde e intolerante, atacaram a colunista Míriam Leitão”.

A Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), a Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas) e a ANJ (Associação Nacional de Jornais) também divulgaram nota em conjunto contra as ameaças contra a jornalista. “Atitudes como essas refletem autoritarismo, intolerância e desconhecimento do papel da imprensa – o de informar a sociedade sobre assuntos de interesse público”, diz a nota, que completa: “A ABERT, a ANER e a ANJ esperam que episódios como este sejam sempre apurados e evitados, para que prevaleçam os princípios da convivência democrática”.

Em nota, a Avianca afirmou que “repudia veementemente qualquer ação que viole os direitos dos cidadãos” e que “o procedimento objetivo seguido pelo comandante, no estrito cumprimento de suas funções, seguiu a praxe do setor para esses casos”. A companhia diz ainda que solicitou a presença da Polícia Federal na aeronave após “detectar tumulto que poderia atentar à segurança operacional e integridade dos passageiros”.

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