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Por Redação O Sul | 28 de maio de 2017
O resultado da votação do pedido de impugnação da chapa que em 2014 reelegeu Dilma Rousseff e Michel Temer, marcada para o dia 6 do mês que vem pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), é a senha esperada pelos partidos aliados para desembarcar do governo do peemedebista.
Só uma decisão favorável ao Palácio do Planalto, o que ainda é duvidoso, poderá evitar que o PSDB abandone o barco, em um movimento que deve ser seguido por outras siglas. O eventual pedido de vista por algum ministro TSE poderá até agravar a situação do governo, pois será visto, entre os partidos da base, como uma manobra meramente protelatória.
Segundo analistas políticos, o governo aposta em um pedido de vista para evitar a cassação da dobradinha presidencial PT-PMDB. Mesmo reconhecendo que o ambiente político hoje não é favorável a Temer, o Planalto tem expectativas reais de que um ministro peça prazo adicional para analisar o caso. Mas para que isso aconteça, o governo espera que não surja nenhum fato novo com potencial de ampliar a crise política. Nesse período, o governo vai acelerar as votações para mostrar que o governo não está paralisado.
Já os partidos aliados parecem ter chegado a alguns consensos. O primeiro é que Temer perdeu governabilidade desde a divulgação do áudio de uma conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, da J&F. “Não pelo conteúdo, mas pela fita em si”, diz um dirigente tucano.