Segunda-feira, 22 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de maio de 2020
Já sob impacto das medidas restritivas de enfrentamento ao coronavírus, o setor industrial recuou 20,1% do Rio Grande do Sul em março, índice que deixou o Estado com a segunda pior redução em todo o País nesse quesito, atrás do Ceará (-21,8%). A informação consta em relatório divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apontou uma média nacional negativa 9,1% no terceiro mês do ano.
Um cenário de queda tão abrangente para a indústria não era constatado desde maio do ano retrasado, quando a economia sofreu uma série de prejuízos por causa da paralisação de atividades dos caminhoneiros. Naquela ocasião, 14 Estados apresentaram retração no setor. Agora, esse número ficou em 15.
Os demais Estados com queda acima da média brasileira nesse primeiro mês de pandemia (que teve o primeiro caso de Covid-19 oficialmente confirmado no Rio Grande do Sul em 10 de março) foram o Pará (-12,8%), Amazonas (-11%), bem como a Região Nordeste como um todo (-9,3%).
Pernambuco (-7,2%), Espírito Santo (-6,2%), São Paulo (-5,4%), Bahia (-5,0%), Paraná (-4,9%), Mato Grosso (-4,1%), Goiás (-2,8%), Rio de Janeiro (-1,3%) e Minas Gerais (-1,2%) completam a lista.
Comparativo
Já em relação a março do ano passado, o segmento industrial caiu agora 3,8%, registrando baixas em 11 das 15 áreas analisadas pelo IBGE. Por esse parâmetro, as baixas mais acentuadas foram verificadas em Santa Catarina (-15,6%), Espírito Santo (-14,2%), Rio Grande do Sul (-13,7%) e Ceará (-10,5%). Dentre os segmentos que mais impactaram nessa retração estão vestuário, metalurgia, máquinas e equipamentos.
Ainda na mesma linha comparativa entre abril de 2019 e abril de 2020, as perdas mais significativas se deram nos Estados do Amazonas (-5,7%), Minas Gerais (-4,2%) e São Paulo (-4,2%), todas de forma mais acentuada que na média nacional de -3,8%. Abaixo dessa média mas igualmente em baixa, ficaram Pará (-2,4%), Mato Grosso (-2,2%), Goiás (-1,2%) e Região Nordeste como um todo (-1%).
(Marcello Campos)