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Rio Grande do Sul O Rio Grande do Sul terá bandeira preta em todas as regiões a partir deste sábado, sem possibilidade de cogestão

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Diante do cenário dramático da pandemia de coronavírus no Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (25) o governo do Estado decidiu ampliar as restrições de atividades em todo o Estado. As principais medidas abrangem a antecipação para este sábado (27) do novo mapa do distanciamento controlado, a classificação de todo o mapa gaúcho em bandeira preta e a suspensão do sistema de cogestão.

O mapa da 43ª rodada será divulgado na tarde desta sexta-feira (26), com a respectiva divulgação dos indicadores. Todos os 497 municípios gaúchos deverão seguir os protocolos de bandeira preta a partir até pelo menos o dia 7 de março (domingo).

Conforme o governador, as questões serão levadas ao Gabinete de Crise, com possibilidade de divulgar atualizações para a próxima rodada. No final da próxima semana, o governo deverá convocar nova reunião com a Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul) para avaliar os resultados das ações adotadas até aqui.

Os prefeitos já apresentaram sugestões, incluindo mudanças em protocolos. Apesar de muitos se manifestarem contra a suspensão da cogestão, o Estado decidiu tomar a medida para fazer valer o alto nível de alerta que os dados científicos apontam.

A decisão pela totalidade da cor preta, que no sistema adotado pelo Palácio Piratini representa risco altíssimo para velocidade de propagação do vírus e esgotamento da capacidade hospitalar, tem por base uma nova regra, motivada pelo nível crítico de leitos livres e do elevado crescimento na ocupação hospitalar.

Para o Gabinete de Crise, o ajuste no modelo é necessário: se a capacidade hospitalar está próxima do limite, alguns dados podem sofrer atrasos de preenchimento devido à sobrecarga das equipes e, além disso, os indicadores de “velocidade do avanço” e de “variação da capacidade de atendimento” se tornam prejudicados.

Isso porque, mesmo havendo demanda por leitos, podem não ser preenchidos devido à lotação das áreas Covid dos hospitais. Esse aprimoramento visa melhor refletir e evitar o esgotamento de leitos.

“Tivemos um crescimento muito forte e sem precedentes nas internações em leitos clínicos e de UTI, por isso, é tão importante que alinhemos medidas mais restritivas, e precisamos dos prefeitos agora. Não dá para pagar para ver a partir das medidas já adotadas essa semana”, anunciou o governador durante reunião com prefeitos representantes das 27 associações regionais de municípios.

Reavaliação

A secretária da Saúde, Arita Bergmann, reforçou a necessidade de se fazer um “enfrentamento coletivo” à pandemia. “Precisamos de uma tomada de posição que pode não ser a que gostaríamos, mas a que se faz necessária para frearmos essa escalada do vírus. Precisamos fazer uma mudança para evitarmos o pior, que é perder vidas – amigos, familiares, colegas. E isso nos move para fazer o enfrentamento coletivo, com apoio de todos”, afirmou Arita.

A expansão em 125% dos leitos de UTI adulto SUS no Estado foi fundamental para evitar o esgotamento da capacidade hospitalar até aqui, mas a velocidade de propagação do coronavírus e o crescimento das internações por Covid-19 estão muito além do que a estrutura é capaz de suportar.

“Quando fizemos a primeira reunião, com todos os prefeitos eleitos, em 24 de janeiro, não imaginávamos que estaríamos hoje com 91% de taxa de ocupação dos leitos de UTI”, detalhou a secretária. “Naquela oportunidade, estávamos com 74%. Isso significa que tudo que preparamos, em termos de retaguarda de leitos, não está sendo suficiente para atendermos as demandas diárias que temos.”

Ela prosseguiu: “Temos 4.925 gaúchos internados por Covid. É um número maior do que a população de 230 municípios. Para dar conta, seriam necessários 60 novos leitos de UTI por dia. Não temos como fazer 60 leitos novos por dia. Depende de espaço, equipamentos, equipes, vários fatores”.

A titular da pasta acionou, também nesta quinta-feira, o último nível da fase 4 do Plano de Contingência Hospitalar, montado no início da pandemia. Além da suspensão imediata das cirurgias eletivas (com exceção das cirurgias de urgência ou que representem risco para o paciente), a fase 4 pressupõe a instalação de leitos emergenciais em salas de recuperação e em UTIs intermediárias.

(Marcello Campos)

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