Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O rombo nas contas externas do Brasil soma 11 bilhões e 800 milhões de dólares em janeiro. É o maior valor para o mês em cinco anos

Compartilhe esta notícia:

O investimento direto no País, de US$ 5,61 bilhões não é suficiente para 'financiar' o déficit externo. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

As contas externas do Brasil registraram déficit de US$ 11,879 bilhões em janeiro deste ano, com aumento de 31,3% na comparação com o mesmo mês de 2019.

Foi rombo o maior para o período desde 2015, ou seja, em cinco anos. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (21) pelo Banco Central (BC).

O déficit em transações correntes, um dos principais sobre o setor externo do País, é formado pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).

De acordo com o BC, a piora no rombo das contas externas na parcial deste ano se deve, principalmente, à piora do saldo da balança comercial (que registrou déficit no primeiro mês deste ano), uma vez que as contas de serviços e rendas registraram pequena melhora no começo deste ano.

Em todo ano passado, o déficit das contas externas do Brasil subiu 22%, para US$ 50,762 bilhões.

Para todo ano de 2020, a expectativa do Banco Central é de uma nova piora no déficit em transações correntes, para US$ 57,7 bilhões de resultado negativo.

Investimento estrangeiro

O Banco Central também informou que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 5,618 bilhões em janeiro deste ano, com pequena queda frente ao patamar do mesmo mês de 2019 (US$ 5,828 bilhões).

Com isso, os investimentos estrangeiros não foram suficientes para cobrir o rombo das contas externas no acumulado deste ano (US$ 11,879 bilhões).

Quando o déficit não é “coberto” pelos investimentos estrangeiros, o país tem de se apoiar em outros fluxos, como ingresso de recursos para aplicações financeiras, ou empréstimos buscados no exterior, para fechar as contas.

Em todo ano passado, os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 78,559 bilhões em 2019, com pequena alta frente ao ano anterior.

Para 2020, o Banco Central estima um ingresso de US$ 80 bilhões em investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira.

Arrecadação

Por outro lado, a arrecadação do governo federal teve crescimento real de 4,69% em janeiro, a R$ 174,991 bilhões, no melhor dado para o mês da série histórica da Receita Federal.

O dado veio acima da expectativa de R$ 167,1 bilhões, segundo pesquisa da Reuters com analistas.

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, já havia dito que a arrecadação de janeiro havia sido “espetacular”, mas que o time econômico não identificara fatores óbvios para explicar o impulso nas receitas no mês.

Olhando apenas para as receitas administradas pela Receita, que abarcam o recolhimento de impostos, o crescimento em janeiro também foi de 4,69% sobre igual mês do ano passado, a R$ 163,948 bilhões.

Já as receitas administradas por outros órgãos, sobretudo com a arrecadação de royalties de petróleo, avançaram 4,65% na mesma base de comparação, a R$ 11,043 bilhões.

Em apresentação, a Receita informou ter havido arrecadação atípica de R$ 2,8 bilhões em janeiro com Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social Sobre Lucro Líquido.

Sem esse fator, a alta nas receitas administradas pela Receita seria de 2,91%.

Na comparação com janeiro de 2019, a elevação na arrecadação total com IRPJ/CSLL foi de 16,45%, já descontada a inflação. Em valores, o acréscimo foi de R$ 7,357 bilhões, no principal fator a guiar do resultado do mês.

Também houve forte expansão na arrecadação com Imposto de Renda Pessoa Física (aumento de 27,14%, ou R$ 436 milhões), e com Imposto de Importação/IPI-Vinculado (alta de 6,46%, equivalente a R$ 354 milhões).

Segundo a Receita, o IR das pessoas físicas cresceu em especial “nas rubricas de ganho de capital e ganhos líquidos de operações em Bolsa”.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Além de emagrecer, o jejum intermitente pode fazer você viver mais e melhor
A Apple começa a vender o Mac Pro no Brasil; o preço pode chegar a 438 mil reais
https://www.osul.com.br/o-rombo-nas-contas-externas-do-brasil-soma-11-bilhoes-e-800-milhoes-de-dolares-em-janeiro-e-o-maior-valor-para-o-mes-em-cinco-anos/ O rombo nas contas externas do Brasil soma 11 bilhões e 800 milhões de dólares em janeiro. É o maior valor para o mês em cinco anos 2020-02-21
Deixe seu comentário
Pode te interessar