Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral O senador Chico Rodrigues diz que o dinheiro escondido em sua cueca era para pagar funcionários de uma empresa da família

Compartilhe esta notícia:

O senador afastado Chico Rodrigues disse que os recursos destinados por emenda parlamentar à Covid-19 em seu Estado “seguem nas contas do governo”. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O senador afastado Chico Rodrigues (DEM-RR) disse que o dinheiro encontrado em sua cueca durante operação da PF (Polícia Federal) na semana passada de combate a desvio de recursos no enfrentamento ao Covid-19 tem “origem particular comprovada e se destinava ao pagamento dos funcionários de empresa da família do senador”. A declaração consta de nota divulgada pela defesa do senador nesta segunda-feira (19).

O senador jamais sofreu qualquer condenação, ao longo de todos esses anos que se dedicou à vida pública, e agora está sendo linchado por ter guardado seu próprio dinheiro. Foi uma reação impensada, de fato, mas tomada diante de um ato de terrorismo policial, sem que haja qualquer evidência de desvio em sua conduta”, afirmou.

Ter dinheiro lícito em casa não é crime. O único ato ilícito deste caso é o vazamento dos registros da diligência policial arbitrária que ele sofreu”, completou a nota assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e Yasmin Handar, que representam o senador.

Também nesta segunda-feira, o senador Chico Rodrigues pediu seu desligamento do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, colegiado que recebeu, na sexta-feira (16) representação contra ele, encaminhada pelos partidos Cidadania e Rede Sustentabilidade. Rodrigues era uma dos 15 senadores titulares do Conselho, que ainda conta com 15 suplentes.

Chico Rodrigues foi afastado das funções de parlamentar por 90 dias na quinta-feira passada por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, um dia após ele ter sido flagrado escondendo dinheiro na cueca em operação da PF.

A decisão de Barroso, que foi comunicada ao Senado, a quem cabe mantê-la ou revertê-la, vai ser apreciada pelo plenário do Supremo nesta quarta-feira (21).

A nota da defesa do senador foi divulgada para se manifestar sobre “fatos ocorridos na última semana” e a uma reportagem sobre o assunto que foi ao ar no domingo no Fantástico, da TV Globo. Manifestou-se pela “perplexidade com o linchamento sofrido por ele, sem que haja qualquer prova contra sua conduta”.

A manifestação disse ainda que os recursos destinados por emenda parlamentar à Covid-19 em seu estado “seguem nas contas do governo, de forma que nem ele, nem ninguém, poderia deter esses recursos”.

Chico Rodrigues foi flagrado tentando ocultar mais de 30 mil reais na cueca durante uma operação da PF, deflagrada na quarta-feira (14), que investiga desvio de verbas públicas destinadas ao combate ao coronavírus no Estado de Roraima.

As contratações suspeitas de irregularidades, realizadas no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde, envolveriam aproximadamente R$ 20 milhões que deveriam ser utilizados no combate à Covid-19, segundo a CGU (Controladoria Geral da União), que participou da operação junto com a PF.

A CGU informou ter identificado “diversos indícios da prática de sobrepreço e superfaturamento nas contratações, realizadas pela Secretaria da Saúde de Roraima, para aquisição, dentre outros itens, de equipamentos de EPI e teste rápido para detecção do Covid-19. O inquérito policial apontou que os recursos eram direcionados, por meio de processos licitatórios fraudulentos, para empresas específicas, que então eram contratadas pela secretaria”.

O Estado de Roraima já recebeu em 2020 cerca de R$ 171 milhões repassados pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS). Desse valor, R$ 55 milhões são especificamente para combate à Covid-19. A má aplicação desses recursos, em um momento tão delicado como o atual, é extremamente prejudicial para a sociedade, já bastante afetada pelos efeitos da pandemia”, diz a CGU.

Após a operação, o senador publicou nota em suas redes sociais sobre o caso, na qual afirma que teve seu “lar invadido por apenas ter trabalhado como parlamentar, trazendo recursos para o combate à Covid-19 para a saúde do Estado”.

Tenho um passado limpo e uma vida decente. Nunca me envolvi em escândalos de nenhum porte. Se houve processos contra minha pessoa no passado, foi provado na Justiça que sou inocente. Digo a quem me conhece que fiquem tranquilos. Confio na Justiça, vou provar que não tenho, nem tive nada a ver com qualquer ato ilícito. Não sou executivo, portanto, não sou ordenador de despesas, e como legislativo sigo fazendo minha parte trazendo recursos para que Roraima se desenvolva. Que a justiça seja feita e que se houver algum culpado que seja punido nos rigores de lei”, diz Chico Rodrigues na nota. As informações são da agência de notícias Reuters, do STF, da CGU, da Agência Senado e da Agência Brasil.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Clubes de futebol adiam a discussão sobre uma possível volta do público aos estádios
Começa a votação antecipada na Flórida, um dos Estados mais importantes nas eleições presidenciais dos Estados Unidos
https://www.osul.com.br/o-senador-chico-rodrigues-diz-que-o-dinheiro-escondido-em-sua-cueca-era-para-pagar-funcionarios-de-uma-empresa-da-familia/ O senador Chico Rodrigues diz que o dinheiro escondido em sua cueca era para pagar funcionários de uma empresa da família 2020-10-19
Deixe seu comentário
Pode te interessar