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Mundo O sociólogo que inspirou o regime de Hugo Chávez não crê em saídas pacíficas para a crise da Venezuela

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A suspeita é que até os apagões em Caracas, ainda sob o governo de Chávez, foram usados para dispensar licitações e desviar dinheiro. (Foto: Reprodução)

“A crise da Venezuela atingiu um nível tão dramático que não há mais saídas pacíficas para a situação, o desfecho poderá ser trágico e sangrento.” A afirmação é de Heinz Dieterich, sociólogo de esquerda que cunhou o termo “Socialismo do século XXI”, título de seu mais célebre livro e inspiração para Hugo Chávez (1954-2013), que governou a Venezuela por 14 anos, e também para o presidente boliviano Evo Morales. As informações são do jornal O Globo.

Agora, o professor alemão radicado no México, onde é professor da Universidade Autônoma Metropolitana da Cidade do México, acusa Nicolás Maduro de ter arruinado a Venezuela e a obra de Chávez. “Hoje só há três futuros para a Venezuela, todos não desejáveis: uma intervenção de fora, um golpe militar ou uma insurreição das massas. O regime de Maduro vai terminar de qualquer forma. Na minha opinião, os cenários mais prováveis são o golpe militar ou a insurreição das massas, o que terminaria em uma guerra civil. A possibilidade de uma transição pacífica é remota”, diz.

O sociólogo, no entanto, também faz críticas a Chávez, de quem foi amigo: “Já em 2009, o modelo (econômico) chavista estava estruturalmente esgotado. Havia excesso de dependência do petróleo e a necessidade de uma reforma qualitativa. O dinheiro arrecadado deveria ter sido usado na modernização da indústria. Mas Maduro não fez isso. Quando o preço do petróleo caiu, a economia desabou”.

Aos 75 anos, autor de mais de 30 livros, Dieterich interrompeu o seu trabalho de organização de um congresso internacional sobre os “paradigmas do século XXI”, que será realizado na Rússia, em pouco mais de quatro semanas, para falar ao GLOBO. Além da crise venezuelana, ele analisou outros governos de esquerda da América Latina e disse que o ex-presidente Lula pode ser definido como um social-democrata.

Questionado sobre se as tentativas desesperadas do presidente Nicolás Maduro para resolver a crise econômica da Venezuela terão efeito, ele respondeu: “Não. A retirada dos zeros da moeda não vai trazer solução. A Venezuela é um Estado em falência. Todo o sistema de produção monetário e fiscal não está mais funcionando. Fontes financeiras externas estão bloqueadas. O produtor central de divisas, a PDVSA (a estatal Petróleos de Venezuela), está estruturalmente destruído, e seus ativos nos Estados Unidos e no Caribe foram praticamente confiscados pelas empresas americanas e canadenses. Só 20% dos venezuelanos ainda apoiam Maduro. A Venezuela está à beira do abismo. Maduro arruinou a Venezuela e a obra de Chávez.”

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