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Geral O uso do remédio remdesivir mostra melhora na recuperação clínica de pacientes com coronavírus

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O presidente Donald Trump, que teve Covid-19 no começo de outubro, recebeu remdesivir durante cinco dias. (Foto: Reprodução)

A farmacêutica Gilead Sciences informou nesta sexta-feira (10) que dados adicionais de um estudo em estágio avançado mostraram que seu medicamento antiviral Remdesivir melhorou significativamente a recuperação clínica e reduziu o risco de morte em pacientes com Covid-19. A empresa afirmou que a descoberta requer confirmação em futuros ensaios clínicos.

A Gilead acrescentou que analisou dados de 312 pacientes tratados em um estudo em estágio avançado e um grupo à parte de 818 pacientes com características e gravidade da doença semelhantes às do estudo.

Os resultados da análise mostraram que 74,4% dos pacientes tratados com remdesivir se recuperaram no décimo quarto dia, contra 59% dos pacientes que receberam tratamento padrão, informou a empresa.

A taxa de mortalidade dos pacientes tratados com remdesivir na análise foi de 7,6% no décimo quarto dia, em comparação com 12,5% entre os pacientes que não receberam o medicamento.

Tempo de UTI

Considerado um dos medicamentos em teste mais promissores contra o novo coronavírus, o remdesivir pode salvar vidas em países com menor capacidade hospitalar para o enfrentamento da pandemia.

A conclusão é de um estudo da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, e sinaliza uma saída para governos que começam a sofrer com a sobrecarga de demandas por Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), como africanos e latinos.

Estudos recentes mostram que o antiviral desenvolvido para tratar o ebola reduz o tempo médio de permanência nas UTIs de 15 para 11 dias e em 30% as mortes em decorrência da Covid-19.

Os autores do estudo analisaram essas informações e a realidade epidemiológica da África do Sul, que tem a maior quantidade de casos no continente, e chegaram à conclusão de que o uso do remdesivir pode aumentar o número de pacientes tratados nas UTIs em mais de 50%. Dessa forma, seriam salvas até 6.682 vidas por mês.

As projeções mostraram ainda que, se o tratamento direto com remdesivir também salva a vida de mais de 30% dos pacientes — a estimativa atual do medicamento —, o duplo impacto do antiviral poderia evitar até 13.647 mortes na África do Sul até dezembro.

Apesar de a análise se restringir à realidade sul-africana, a equipe norte-americana considera que a abordagem pode aumentar a rotatividade das unidades de terapia intensiva em outros locais. “Existem muitos países com capacidade limitada de UTI que poderiam se beneficiar desse duplo impacto na mortalidade”, afirma, em comunicado, Brooke Nichols, autor principal do estudo, revisado por pares e divulgado na revista Clinical Infectious Diseases.

Também professor-assistente de saúde global da universidade, Brooke Nichols diz estar preocupado com a notícia de que os Estados Unidos compraram boa parte do suprimento de remdesivir.

Segundo ele, há o risco de alocação incorreta de recursos caso o governo não se certifique de que a prioridade de uso do antiviral será dada às localidades sobrecarregadas do país.

“Por que você usaria uma droga com disponibilidade limitada para salvar uma vida quando essa mesma droga poderia ser usada para salvar duas?”, justifica.

O remdesivir é um dos medicamentos que ainda estão na lista de potenciais remédios contra a Covid-19. A hidroxicloroquina, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, já deixou de ser testada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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