Domingo, 13 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 10 de outubro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Se a abstenção subir no 2º turno, o Congresso Nacional não terá mais como fugir do debate sobre o voto facultativo, incluindo como um dos itens da reforma política.
O voto no Brasil sempre foi obrigatório, desde a Constituição outorgada de 1824. O Código Eleitoral de 1932 confirmou a fórmula. Pesquisas realizadas desde 2010 mostram: aumenta a parcela da população que deseja o voto facultativo. Entre 236 países onde há eleições, apenas 24 mantêm a obrigatoriedade.
INTERESSEIROS
Enquanto persistirem os escândalos com dinheiro público e a parafernália de siglas sem eira nem beira, cujo principal interesse é usufruir boquinhas em governos, os eleitores terão motivo para defender o voto facultativo. O pior é que, em períodos eleitorais, os grandes partidos se rendem às negociações com nanicos.
NO FUNDO DO POÇO
Governadores vão se reunir esta semana com o presidente Michel Temer. Levarão a pauta da indigência: não têm dinheiro para pagar o 13º salário de mais de 2 milhões de servidores públicos.
SEM ILUSÕES
Não há coelho na cartola: a saída para a crise financeira do Estado só se dará com novos investimentos na indústria. É a chance de retorno dos desempregados ao mercado de trabalho. Sem o aumento na arrecadação de impostos, a luz no fundo do túnel continuará enganando: será um trem em alta velocidade vindo no sentido contrário.
FÓRMULA
A Assembleia Legislativa, que se autodenomina a casa dos grandes debates, tem escolhido temas que não entusiasmam. Se propuser o seminário “O que pode ser feito na gestão pública sem gastar muito”, correrá menos risco de ver o seu auditório longe da lotação, como ocorreu em várias ocasiões.
ABANDONO
Enquanto o Ministério do Turismo continuar sendo entregue a neófitos e escolhidos por raposas da politicalha, o setor vai patinar. Deixarão de entrar os dólares que irrigam os cofres de outros países com muito menos atrações do que o Brasil.
TUDO APAGADO
Além dos incontáveis assassinatos, as Farcs por 50 anos obrigaram pequenos agricultores a deixar suas culturas originais e cultivar a cocaína. Tudo isso ficará impune.
RISCO
A 10 de outubro de 1986, a usina nuclear de Angra dos Reis reabriu para gerar energia, após acidente com vazamento ocorrido dez dias antes.
RÁPIDAS
* A grande façanha do 2º turno é a caminhada atrás dos indecisos.
* Prefeitos que se elegeram no 1º turno buscam brecha na agenda do Ministério da Fazenda para repetir o refrão: me dá um dinheiro aí.
* Rio Grande do Sul e outros estados em crise não podem continuar com o futuro interditado.
* Setores do PT querem apoiar Ciro Gomes à Presidência em 2018. O PDT consultará para ver se aceita.
* Os vereadores mais votados em Belo Horizonte, Belém, Niterói e Porto Alegre foram do PSol. Lentamente, ocupa espaços do PT.
* A Política é dominada por variáveis que ninguém controla.
* Para lembrar Mario Quintana: “A maior conquista do pensamento ocidental foi o emprego das reticências”.
* O colunista faz recesso e retornará em 10 dias.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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