Domingo, 19 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de dezembro de 2015
A oposição avaliou que o acatamento do pedido de impeachment dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Pachoal é o início do fim da presidenta Dilma Rousseff, um caminho sem volta. A previsão é que agora haverá grande mobilização nas ruas.
Os esquerdistas fazem uma comparação com o processo de afastamento do ex-presidente Fernando Collor, que, entre a manifestação do 7 de Setembro, na qual os caras-pintadas foram para as ruas de preto, e a abertura do processo de afastamento na Câmara dos Deputados, em 29, foram 22 dias.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) argumentou que as ruas se mobilizarão naturalmente. “O estopim foi aceso. Nós apoiamos o impeachment, que não é golpe e está previsto na Constituição. A peça que encaminhamos, através dos juristas, é consistente para que Dilma seja processada”, garantiu.
Aécio observou, porém, que há necessidade de decidir sobre o afastamento da governante de olho na sociedade, com muita serenidade e com amplo direito de defesa. “Também será preciso ver se daremos salvo-conduto para que Dilma cometa crimes fiscais e eleitorais ou se daremos ao País uma nova oportunidade de recuperar a credibilidade”, concluiu.
O deputado Benito Gama (PTB-BA) disse que filmes como esse foram vistos com Collor. “A variável é a rua”, observou. Já o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que a decisão do chefe da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), terá impacto econômico e político. (AG)