Sexta-feira, 10 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 26 de novembro de 2015
Os principais partidos de oposição ao governo pretendem usar a prisão do líder da situação no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), como argumento ao afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência do Legislativo.
A base é que assim como o petista, preso sob a suspeita de prejudicar as investigações da Operação Lava-Jato, o peemedebista manobra fortemente para atrapalhar o seu processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Para os líderes oposicionistas, as articulações de Cunha impedem a produção de provas que poderiam ser utilizadas contra ele na esfera criminal. Nessa quarta-feira, uma representação assinada pelas bancadas do PSDB, DEM, PPS, Rede e PSOL foi entregue à PGR (Procuradoria-Geral da República) para municiá-la de argumentos para pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) o afastamento de Cunha.
A comparação dos casos do petista com o peemedebista não foi incluída no documento entregue pela oposição, mas será usada de argumento em uma audiência com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Delcídio foi preso nessa quarta-feira pela PF (Polícia Federal) em seu gabinete no Congresso. A operação foi autorizada pelo STF depois que o MPF (Ministério Público Federal) apresentou provas e evidências de que o parlamentar tentava conturbar as averiguações da Lava-Jato. (Folhapress)