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Brasil Os adversários criticaram a promessa do presidenciável Ciro Gomes de limpar o nome de inadimplentes

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Em debate com formuladores dos programas dos presidenciáveis, proposta foi alvo de críticas. (Foto: EBC)

A promessa de Ciro Gomes, candidato do PDT à sucessão presidencial nas eleições 2018, de ajudar a “limpar o nome” de mais de 63 milhões de brasileiros que estão negativados no SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) foi alvo de críticas nesta sexta-feira (10), de especialistas que assessoram candidatos concorrentes.

Num debate com formuladores dos programas dos presidenciáveis, Persio Arida, assessor econômico do tucano Geraldo Alckmin (PSDB), disparou contra o que chamou de “promessas irresponsáveis” feitas nesse início de campanha e estimou que a proposta de Ciro teria um impacto superior a R$ 60 bilhões — ou duas vezes o custo do Bolsa Família — nas contas públicas.

Em defesa de Ciro, o coordenador do programa de governo do pedetista, Nelson Marconi, contestou o cálculo e disse que a estimativa não poderia ser feita porque o candidato ainda não detalhou como vai reduzir o volume de inadimplentes. “Quando a gente fala que existe um problema sério de endividamento das pessoas, não significa que vamos endividar o governo. Não falamos como vamos fazer”, comentou o economista. Segundo ele, o programa completo de governo de Ciro deve ser publicado até segunda-feira (13).

Ao ser abordado por jornalistas, Marconi não revelou qual será o caminho para esvaziar os cadastros negativos do SPC. Adiantou apenas que, com o apoio do governo, as pessoas terão condição melhor para renegociar suas dívidas bancárias.

Alfinetadas aos planos anunciados pelo candidato do PDT também foram desferidas durante o debate de assessores por João Paulo Capobianco, o ambientalista que coordena o programa de governo de Marina Silva (Rede). “Fiquei feliz. Está tudo resolvido. É inacreditável que a gente siga nesse processo”, afirmou Capobianco, ao criticar não apenas o anúncio feito aos brasileiros com dívidas em atraso, mas também a promessa de Ciro de criar 2 milhões de empregos no primeiro ano de mandato.

Capobianco também atacou os investimentos em saneamento básico prometidos por Alckmin quando, conforme acusou, a Sabesp despeja diariamente 300 milhões de litros de esgoto nos rios paulistas.

Brasileiros

O número de brasileiros com alguma conta em atraso chegou a 63,4 milhões no mês passado, o que equivale a 41% da população adulta e a um aumento de 4,3% em relação a julho de 2017. Levantamento feito pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), em parceria com o SPC Brasil, mostra que mais da metade dos inadimplentes (51%) tem entre 30 e 49 anos.

A avaliação é que essa faixa etária representa para muitos o momento de construção da vida pessoal e profissional, o que leva a desequilíbrios de orçamento. “Isso implica assumir diversos compromissos financeiros e, com as dificuldades que a crise ainda gera, a conta nem sempre fecha no final mês, levando à inadimplência”, comenta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.

O balanço leva em consideração desde dívidas bancárias — como faturas atrasadas de cartão de crédito e empréstimos bancários não pagos — a crediários abertos no comércio e dívidas com empresas que prestam serviços de telefonia, TV por assinatura e internet.

Em julho, o volume de dívidas em nome de pessoas físicas — em média, cada inadimplente possui duas contas em atraso — subiu 1,5% frente ao mesmo mês de 2017. O maior aumento da inadimplência, de 7,7%, se deu nas contas de serviços básicos, como água e luz. Na sequência, com alta de 6,9%, aparecem as dívidas bancárias, incluindo cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, financiamentos e seguros.

 

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