Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 4 de junho de 2017
O advogado Maurício Moreira Furtado, de 56 anos, fumou dos 21 aos 38 anos. Eram dois maços por dia durante a semana e três nos fins de semana. Um problema que afetava a família.
A mulher, recentemente, descobriu que tem um enfisema pulmonar como fumante passiva: passou anos absorvendo a fumaça dos cigarros de Maurício e dos amigos que fumavam no ambiente de trabalho. “O mal que o cigarro faz vai além do fumante. Parei na hora certa. Senão, talvez ela viesse a ser a maior vítima desta história”, conta ele, que hoje ganhou fôlego para fazer pilates, algo inimaginável para alguém que não fazia nenhuma atividade física.
Cada vez mais os brasileiros estão deixando de fumar. O número de adeptos do tabagismo caiu 35% nos últimos 10 anos, segundo a pesquisa Vigitel 2016, do Ministério da Saúde. Há muito tempo José Luiz Barbosa, 64, já faz parte do time dos ex-fumantes.
“Parar de fumar foi uma das melhores decisões que tomei na vida. Sentia que o cigarro me prejudicava. Eu tossia muito e me faltava fôlego”, lembra o administrador de empresas, que fumou dos 14 aos 40 e aos 50 anos teve que implantar sete pontes de safena.
Maurício conseguiu parar de fumar em 1999, após participar, junto com mais seis fumantes, de um programa de TV sobre um tratamento inovador na época, que envolvia sessões de acupuntura, meditação, terapia em grupo e encontros individuais com um psicólogo. Já José Luiz decidiu abandonar o vício no meio da rua, no Centro do Rio, por conta de uma forte gripe. Após um trago, foram para o lixo o cigarro e o maço inteiro.
“Nenhum cigarro a mais valeria pena. Hoje, posso curtir minha netinha, Maria Flor, a maior alegria da minha vida. Se tivesse continuado a fumar, não sei se isso seria possível”.
Largar o cigarro não é fácil e muitas vezes não depende apenas de força de vontade, como muitos acreditam. Há pessoas que, inclusive, precisam de um período de imersão numa clínica especializada. (Rosayne Macedo/AD)