Terça-feira, 14 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 4 de junho de 2017
Mais um personagem capaz de esquentar a crise política, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reformulou os questionamentos destinados ao presidente Michel Temer sobre o esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal e apresentou novas perguntas, em documento protocolado na 10ª Vara da Justiça Federal.
Como houve anulação de audiências e apresentação de novas defesas no processo, Cunha pediu para protocolar o documento novamente e apresentou três novas perguntas a Temer. Em linhas gerais, o ex-deputado pergunta se o presidente tinha conhecimento de pagamentos de propina e captação de recursos de campanha relacionados ao esquema de corrupção na Caixa – justamente uma das frentes que o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro se dispõe a detalhar em sua proposta de delação premiada.
Temer foi arrolado por Cunha como uma de suas testemunhas. Como presidente da República, porém, possui a prerrogativa de ser interrogado por escrito, por isso a apresentação prévia das questões, que constrangem mais pelas informações que o ex-deputado sugere possuir de seu antigo aliado, capazes de incriminar-lhe nas investigações. Também atingem o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, que ocupou uma das vice-presidências da Caixa durante o governo Dilma.