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Brasil Os condomínios lutam contra a inadimplência. Cresceu o número de moradores que deixam de pagar

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Em alguns casos o número de não pagadores chega a ser alarmante, levando condomínios a enxugarem os custos e a cobrarem os condôminos na Justiça. (Foto: Reprodução)

A taxa de inadimplência de cotas condominiais mais que dobrou no país. Segundo dados da Abadi (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis), o índice médio de não pagamento do condomínio, que era de 5% antes da crise, está em cerca de 12% atualmente.

Em alguns casos o número de não pagadores chega a ser alarmante, levando condomínios a enxugarem os custos e a cobrarem os condôminos na Justiça.

“Do ano passado para cá o número de inadimplentes disparou no meu condomínio, passou de 25%. Não podemos cobrar cota extra, porque não seria possível pagar. Então, estamos demitindo funcionários e cobrando devedores na Justiça”, conta Ariana Durão, síndica e moradora de um condomínio no Recreio, Zona Oeste do Rio.

Os juízes têm entendido cada vez mais a situação complicada dos condomínios, e desde o novo Código Civil de 2016, os processos de cobrança têm sido mais rápidos e mais eficientes na cobrança da dívida, que acontece em poucos meses. Em último caso, o imóvel é posto a leilão para pagamento do valor devido.

“A defesa do inadimplente é muito difícil, porque não há nada que o tire da sua obrigação de contribuição com as despesas condominiais. O ideal é o morador não deixar chegar nessa situação e tentar resolver extrajudicialmente”, afirma o advogado Luiz Octávio Rocha Miranda.

O condômino deve deixar claro a sua situação e mostrar que quer pagar da melhor forma possível. Propor parcelamentos pode ser um bom caminho, se for possível honrá-los.

“É preciso analisar a situação com realismo e ver o que se consegue pagar, incluindo multas e juros. Quebrar o acordo pode ser pior”, diz Ricardo Teixeira, coordenador do MBA de gestão de financeira da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Negociação da dívida

O condômino com dificuldades para pagar que for pró-ativo pode conseguir negociar boas condições de pagamento em parcelamentos. Mas é preciso fazer um planejamento e ver o que é possível de fato pagar.

“Normalmente, o condomínio está disposto a negociar a dívida, sendo válido tentar negociar o pagamento sem incidência de juros, multa e a mora. Caso não seja possível, é preciso levar em consideração esses acréscimos e a cota vigente. O mais importante é, uma vez negociado o valor final, honrar com os pagamentos no prazo”, afirma Tiago Sayão, professor de Economia & Finanças do Ibmec RJ.

Para conseguir recursos a primeira alternativa recomendada pelos especialistas é a venda de bens, como carros. Caso isso não seja possível, pode-se considerar um empréstimo, mas é preciso tomar cuidado para não ter que pagar parcelas ainda maiores. No entanto, essa pode ser uma solução caso não seja possível honrar os pagamentos ao longo do tempo e se decida por mudar de moradia e pôr o imóvel para alugar ou vender.

“Colocar o imóvel para alugar e locar outro com menor custo pode ser uma boa opção enquanto se está em situação complicada. Garante-se uma renda para pagar o aluguel e talvez as dívidas”, diz Ricardo Teixeira, coordenador do MBA de gestão de financeira da FGV.

 

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