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Mundo EUA passando vergonha perante o resto do mundo. Manifestantes pró-Trump invadem o Congresso e interrompem sessão de confirmação da vitória de Biden

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Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou a prisão e o indiciamento de mais envolvidos. (Foto: Reprodução/YouTube)

Em um dos dias mais tensos da história recente dos Estados Unidos, apoiadores de Donald Trump invadiram o Congresso e provocaram a paralisação da sessão realizada para contar os votos do Colégio Eleitoral e certificar a vitória de Joe Biden na eleição presidencial de novembro, a última etapa formal do processo eleitoral antes da posse do democrata, em 20 de janeiro.

Os manifestantes  — alguns fantasiados e outros portando armas  — ocuparam o plenário das duas Casas, destruíram equipamentos e móveis e obrigaram os congressistas e o vice-presidente, Mike Pence, que presidia a sessão como presidente do Senado, a saírem protegidos por agentes de segurança. A área usada pela imprensa também foi invadida. Uma mulher foi baleada e morreu, sem que se saiba a origem do tiro. A prefeitura de Washington declarou toque de recolher à noite.

Antes de as primeiras bombas de gás serem detonadas dentro e fora do prédio, Trump, que se recusa a reconhecer sua derrota e fracassou em todas as tentativas jurídicas de contestar o resultado, havia sido alvo de declarações duras de Pence e do líder republicano no Senado, Mitch McConnell, que o apoiaram ao longo do seu mandato. Além disso, o republicano assistiu nessa quarta-feira à derrota inédita dos dois candidatos republicanos na disputa pelas cadeiras no Senado do Estado da Geórgia, que agora passará ao controle dos democratas.

Cerca de duas horas depois da invasão, que foi insuflada por Trump quando ele discursou mais cedo em uma manifestação de seus apoiadores, o presidente divulgou um vídeo em que pedia que os invasores “fossem para casa”, mas apoiava os manifestantes e insistia nas falsas alegações de que a vitória lhe foi roubada. Minutos antes do vídeo, Biden falou em rede nacional de TV, denunciando um “ataque sem precedentes” à democracia americana e exigindo que o republicano se pronunciasse “para pedir o fim deste cerco ao Capitólio”.

Os invasores acabaram sendo retirados do prédio depois de mais de três horas, com a chegada de reforços policiais da Guarda Nacional e da polícia do Estado da Virgínia — antes, surgiram informações desencontradas sobre uma recusa do Departamento de Defesa a autorizar o envio da Guarda, formada por reservistas.

No início da sessão conjunta do Congresso, o vice-presidente Pence, que presidia a plenária em uma função cerimonial, divulgou uma carta em que rejeitava a pressão de Trump para que alterasse os resultados do Colégio Eleitoral, o que seria ilegal.

“Os fundadores de nosso país eram profundamente céticos quanto à concentrações de poder e criaram uma república baseada na separação de poderes (…). Atribuir ao vice-presidente autoridade unilateral para decidir as disputas presidenciais seria totalmente contrário a esse projeto”, afirmou o vice-presidente.

Já McConnell fez um discurso veemente a favor da oficialização da vitória de Biden, dizendo que, se os republicanos a rejeitassem, iriam causar danos irreversíveis à democracia americana.

“Este será o voto mais importante que já dei”, disse McConnell. “Não podemos simplesmente nos declarar um conselho eleitoral nacional anabolizado. Os eleitores, os tribunais e os estados todos se manifestaram. Todos se manifestaram. Se rejeitarmos isso, prejudicaremos nossa república para sempre.”

A invasão aconteceu uma hora e quinze minutos depois do início da sessão do Congresso, às 15h no Brasil (13h em Washington), na qual um grupo de senadores pró-Trump, liderados pelo texano Ted Cruz, começou a apresentar objeções aos resultados de alguns Estados onde Biden venceu, começando pelo Arizona. O processo prometia ser longo, pois, quando há um questionamento, a certificação é interrompida por duas horas, e os congressistas debatem caso a caso, com votações separadas depois na Câmara e no Senado.

A chance de que as objeções fossem aceitas, porém, eram nulas, já que a Câmara tem maioria democrata e muitos senadores republicanos reconheceram a vitória de Biden.

Retomada

Os congressistas americanos voltaram ao Capitólio por volta das 22h de Brasília para concluir o ritual de oficialização da vitória do democrata Joe Biden nas eleições de novembro. Na abertura da sessão, o vice-presidente Mike Pence fez um discurso de veemente condenação aos episódios de violência vistos mais cedo, com apoiadores de Donald Trump, insuflados pelo presidente, invadindo o Congresso.

“Para aqueles que causaram estragos em nosso Congresso hoje: vocês não ganharam. A violência nunca vence. A liberdade vence. E esta ainda é a casa do povo”, disse Pence. “Vamos voltar ao trabalho.”

O presidente do Senado, o republicano Mitch McConnell, também fez um firme discurso condenando os invasores, classificando-os como “uma turba desenfreada”.

“Eles tentaram perturbar a nossa democracia e falharam”, disse McConnell. “O comportamento criminoso nunca dominará o Congresso dos Estados Unidos.”

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